sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

O final do primeiro período foi intenso na nossa escola e a biblioteca, obviamente, não constituiu excepção. Muitas foram as actividades que por cá se realizaram, muitos foram os protagonistas que enriqueceram as nossas vidas.


O Cata-Letras aproveita para publicar algumas imagens que seleccionou de diferentes eventos, para que toda a comunidade escolar possa conhecer um pouco do dia a dia da nossa escola.



Entrega do prémio de melhor leitora do 5º ano à Marta , da turma D



A Helena observa o seu prémio de melhor leiora do 6º ano (eleita ex aequo com o André Sousa do 6ºD)






A Turma do 7ºB lê uma história de Natal a outra turma da nossa Escola




A professora Fátima fala-nos de um dos livvros da sua vida, O Principezinho




A D.Cristina e a D. Anabela (secretaria), levaram as suas histórias de Natal à bilbioteca

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

CARTAS AO PAI NATAL


Das turmas C e D do 6º ano, acabámos de receber algumas cartas dirigidas ao Pai Natal. Folgamos em saber que, por entre os habituais (e compreensíveis) pedidos de prendas para o sapatinho, os nossos alunos não se esquecem de quem mais precisa.


Querido Pai Natal:

Olá! Eu sou a Inês Filipa e, neste Natal, queria receber várias prendas, mas as mais importantes são mesmo a saúde e a alegria.
As outras prendas que eu queria, eu sei que são caras como, por exemplo, uma PSP, um telemóvel novo…
Mas prefiro, realmente, ter alegria, carinho e uma família feliz e unida.
Eu sei que há muitas pessoas que não têm o que eu tenho e, por isso, peço que te lembres delas e, já agora, se me puderes dar também uma prendinha daquelas… eu agradeço!
Obrigada e Feliz Natal, também para ti, Pai Natal!
(Inês Filipa – Nº 14 – 6º C)

Querido Pai Natal:

Eu chamo-me Sandro e, neste Natal, gostaria muito de receber um volante de Ferrari para a minha PS2.
Também gostava de ter uma PSP com o jogo W.W.E. 2009.
Mas sei que estou a pedir coisas a mais, com tantos meninos no mundo que não têm sequer o que comer e o que vestir e alguns que nem família têm para lhes dar amor e carinho!
Então, vou fazer-te outro pedido: enche o teu trenó exactamente com muita comida, roupa e brinquedos para esses meninos que nada têm.
É que eu gostava que este Natal fosse um Natal mais feliz para todos os meninos do mundo!
Adeus e Feliz Natal também para ti, Querido Pai Natal!
(Sandro Rosa – Nº 24 – 6º C)

Querido Pai Natal:

Olá, estás bom?
Eu sou o Daniel Filipe e este ano adoraria ter dois presentes: um CD da Popota e um jogo para a minha Playstation.
Vá lá, Pai Natal…é só isto e eu até me tenho portado bem este ano e tenho-me esforçado para ter boas notas, na escola.
Para tu encontrares melhor a minha bota, eu digo-te: ela está já junto à minha árvore de Natal, à espera que tu lá ponhas os meus presentes. Pode ser?
Um abraço deste teu amigo!
(Daniel Neves – Nº 9 – 6º C)

Querido Pai Natal:

Eu sou a Inês, tenho onze anos e moro na Algaça, uma pequena aldeia, em Vila Nova de Poiares.
Gostava muito de te conhecer e até de poder ajudar-te a distribuir todas as prendas para as crianças do mundo.
Mas, infelizmente, não posso, pois moro muito longe de ti. Às vezes penso no que eu podia fazer se fossemos vizinhos!
Também imagino que, quando acabas de distribuir todas as prendas, deves realmente estar muito cansado!
Mas sabes, Pai Natal? Aproveito também para te fazer um pedido porque, afinal, estamos muito perto do Natal.
As prendas que eu gostava de receber são: muito amor e carinho, roupa nova, um relógio da marca Swatch, uma bicicleta, um mp4, alguns brinquedos e dinheiro.
Estou a pedir muito, Pai Natal? Se calhar, estou mas, então, escolhe tu e dá-me as que puderes.
Eu sei que esta carta vai para um homem muito “fixe”: tu, Pai Natal!
Feliz Natal!
Um beijinho para ti!
(Inês Ferreira – Nº 15 – 6º C)

Querido Pai Natal:

Eu sou a Sofia e, primeiro de tudo, queria dizer-te uma coisa muito importante: este ano melhorei as minhas notas na escola e acho que posso ter mais prendas!
As prendas que eu mais desejo são: um livro para acompanhar os meus estudos, Internet no meu computador para poder fazer mais pesquisas, um computador portátil para fazer os meus trabalhos da escola, um telemóvel, um leitor mp4, um fato de treino e alguns CDs, principalmente um da Lucy.
Eu sei que são muitos pedidos, mas alguma destas prendas hás-de ter lá para mim, não é verdade?
Ah, mas não quero só isso! Quero também mais paz no mundo e saúde!
Desejo-te Feliz Natal e Boas Festas!
(Sofia Fonseca – Nº 23 – 6º D)

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

E O VENCEDOR É…

Depois de aturada análise, o Cata-Letras decidiu atribuir o primeiro lugar do nosso primeiro concurso criativo ao João Carlos Pereira do 5ºD (na imagem), com o seu conto “Viagem a outro mundo”.

O que convenceu mais a equipa do Cata-Letras foi a infinita imaginação do João, que nos transportou para um mundo fantástico. Um mundo que todos gostaríamos de conhecer, cheio de surpresas e de personagens ímpares.

Não podemos, ainda assim, deixar de agradecer a todos os participantes, que foram enriquecendo este espaço ao longo deste primeiro período, com textos de grande qualidade.

Contamos com a vossa colaboração durante este ano lectivo.

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

POEMA PUZZLE-1º ANO DE COZINHA

Carlos Queirós (irmão de Ofélia Queirós, mulher por quem Fernando Pessoa se terá enamorado) nasceu em Lisboa no início do século passado e estudou em Coimbra, na faculdade de Direito. Toda a sua poesia se encontra reunida numa obra póstuma, a Poesia de Carlos Queirós, incluindo o poema Libera me, que os alunos do 1º Ano de Cozinha remontaram com alguma imaginação.


Libera me

Livrai-me, Senhor
De tudo o que for
Vazio de amor.
Que nunca me espere
Quem bem não me quer
(Homem ou mulher).
Livrai-me também
De quem me detém
E graça não tem.
E mais de quem não
Possui nem um grãoDe imaginação.

(Carlos Queirós)


Livrai-me, Senhor,
De tudo o que for
Vazio de amor.

Livrai-me também
De quem me detém
E graça não tem.

(Homem ou mulher)
Que nunca me espere
Quem bem me não quer

E mais de quem não
Possui nem grão
De imaginação.

(1º ano de Cozinha)

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

O tempo voa e, eis senão quando, estamos já na recta final deste período. Esta semana ainda, contamos divulgar o vencedor do nosso concurso criativo. A escolha será difícil, já que a qualidade das vossas participações foi muito elevada.

Entretanto, deixamo-vos com uma verdadeira preciosidade. Um poema da autoria da D. Cristina Dias (da secretaria da nossa escola), escrito quando tinha apenas 15 anos:


Caminhando

Caminho…
Caminho…
Caminho nesta estrada larga sem fim…
Caminho com a minha companheira…
A solidão.
Caminho com o ruído das árvores que perturba o meu pensamento…
Lá longe, vejo uma Criança…
Aproximo-me dela…
Acaricio-lhe o rosto…
As suas faces rosadas…
Ela?
Diz-me um simples «Olá».
Agora sim…
Caminho de VERDADE.

(Cristina Dias)

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

POEMA PUZZLE-9ºA

Publicada em 1934, quase um ano antes da morte do autor, a Mensagem de Fernando Pessoa aborda o passado glorioso de Portugal, tentando explicar a decadência em que, entretanto, caímos.

Os alunos do 9º A, no âmbito da actividade Poema Puzzle, receberam os versos d’O Infante e trataram de deixar a sua própria mensagem:

O Infante

Deus quer, o homem sonha, a obra nasce
Deus quis que a terra fosse toda uma,
Que o mar unisse, já não separasse.
Sagrou-te, e foste desvendando a espuma,
E a orla branca foi de ilha em continente,
Clareou, correndo, até ao fim do mundo,
E viu-se a terra inteira, de repente,
Surgir, redonda, do azul profundo.
Quem te sagrou criou-te português.
Do mar e nós em ti nos deu sinal.
Cumpriu-se o mar, e o Império se desfez.
Senhor, falta cumprir-se Portugal!
(Fernando Pessoa, Mensagem)



Deus quis que a terra fosse toda uma,
Que o mar unisse, já não separasse.
Deus quer, o homem sonha, a obra nasce
Quem te sagrou criou-te português.

Sagrou-te, e foste desvendando a espuma,
E viu-se a terra inteira, de repente,
Surgir, redonda, do azul profundo.
Do mar e nós em ti nos deu sinal.

E a orla branca foi de ilha em continente,
Clareou, correndo, até ao fim do mundo,
Cumpriu-se o mar, e o Império se desfez.
Senhor, falta cumprir-se Portugal!
(9ºA)

terça-feira, 25 de novembro de 2008

NÃO AO RACISMO

No dia 30 de Novembro termina o prazo para entrega de textos para o nosso concurso criativo. Em Dezembro anunciaremos o vencedor e entregaremos o prémio prometido. Entretanto, aqui fica mais uma participação de um aluno da nossa escola:


Não ao Racismo

Há pessoas muito racistas
E eu não gosto de as ver,
Quando as descubro fico triste
Só apetece desaparecer!

Quero ver é luzes brancas
Nas garras da desilusão
E trazer Paz e Amor
No fundo do coração!

Quantos inocentes sofrem
E não conseguem ultrapassar
A falta de amizade
Que só os faz chorar?

O racismo só dá mesmo
Cobardia e falsidade
E só por se ter outra cor,
Não pode haver felicidade?


(Leonardo Santos)

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

POEMA PUZZLE – 8ºA

Poeta português da primeira metade do século XX, Sebastião da Gama ficou conhecido, para além das letras, pelas suas excelentes qualidades pedagógicas, registadas nas páginas do seu famoso Diário, iniciado em 1949.

Os alunos do 8º A “pegaram” nos versos do poeta e, surpresa das surpresas, deram-lhe praticamente a mesma forma que Sebastião da Gama havia imaginado. Só o final é diferente. Ora confirmem:

O sonho

Pelo Sonho é que vamos,
comovidos e mudos.
Chegamos? Não chegamos?
Haja ou não haja frutos,
pelo sonho é que vamos.
Basta a fé no que temos,
Basta a esperança naquilo
que talvez não teremos.
Basta que a alma demos,
com a mesma alegria,
ao que desconhecemos
e do que é do dia-a-dia.
Chegamos? Não chegamos?
- Partimos. Vamos. Somos.
(Sebastião da Gama)


Pelo Sonho é que vamos,
comovidos e mudos.
Chegamos? Não chegamos?
Haja ou não haja frutos,
pelo sonho é que vamos.
Basta a fé no que temos,
Basta a esperança naquilo
que talvez não teremos.
Basta que a alma demos,
com a mesma alegria,
ao que desconhecemos
e do que é do dia-a-dia.
- Partimos. Vamos. Somos.
Chegamos? Não chegamos?
(8ºA)

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

ENCONTROS IMEDIATOS

Um grupo de alunos do 6º C enviou-nos uma pequena história sobre um tema que continua a inquietar a humanidade. É mais um texto que, deste modo, habilita os seus autores ao prémio que o Cata-Letras vai oferecer assim que terminar o mês de Novembro: um livro e uma t-shirt.



Os Cinco Magníficos

Era uma vez cinco amigos: a Alexandra, a Fátima, o Jorge, a Rafaela e o Sandro.
Estes amigos eram muito aventureiros.
Um dia, ao entardecer, resolveram ir acampar junto a uma floresta escura e misteriosa.
Estavam a montar as tendas quando, de repente, ouviram um som estranho e ameaçador.
A Alexandra pensou que era um animal feroz; a Fátima pensou que era uma pessoa aflita; o Jorge pensou que era uma ave nocturna; a Rafaela pensou que era uma tempestade e o Sandro pensou que era um O.V.N.I.
Como eram realmente aventureiros, foram logo ver o que era e, espantados, viram um homem aflito, a fugir de um O.V.N.I.!
Afinal, quem tinha razão era a Fátima e, também, o seu amigo Sandro!
Os cinco amigos tentaram, então, acalmar o homem e levaram-no para o acampamento mas, curiosos como eram, resolveram voltar à floresta e entrar no O.V.N.I!
Estes meninos eram da Turma 6º C da Escola E.B.2,3/S Dr. Daniel de Matos e, desde aquele dia, nunca mais ninguém os viu.
Mandaram, entretanto, uma “sms” de Marte a dizer que estão muito bem e que só nas férias é que regressam ao planeta Terra!


Trabalho de Grupo – 6º C: Alexandra Dias – Nº 1; Fátima Simões – Nº 20; Jorge Baptista – Nº 16, Rafaela Rodrigues – Nº 20 e Sandro Rosa – Nº 24.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

POEMA PUZZLE – 7ºA

Alexandre O'Neil brincou um dia com o mundo das notícias, num belo poema que baptizou de “Amanhã aconteceu”. O 7º A aceitou o desafio de, recebido o poema em pedaços, refazê-lo de uma forma, digamos, original. Eis o resultado:


Que é notícia?

onde estou, estouvava eu?
Damos notícia um ao outro
Estava com a tia Henriqueta...
Que é notícia?

Fechada para balanço,
tia Queta dormitava.
Com a folhinha nos joelhos,
o papagaio empinado
no claro céu da manhã,
meu jornal publicado
por cima de tanto afã...
Que é notícia?

O bom do velhote ia
na terceira dentição...
O guarda-roupa, meu filho,
varia, a tragédia não...

Mas terá sido notícia?
Que é notícia?

Notícia é devoração!
Aí vai ela pela goela
que há-de engolir tudo e todos!
Aí vai ela, lá foi ela!
Nem trabalho de moela
retém notícia...

Que é notícia?

Um hoje que nunca é hoje,
um amanhã que é já ontem
entre ontens que se perdem
no anteontem dos anos
no tresantontem dos lustros...

Que é notícia?

Ontem Senhora serás.
Como eu não há nenhum!...
Amanhã acontecido,
do nosso interesse comum.

Que é notícia?

Quando o primeiro tortulho
se abre no céu (silhueta
que em símbolo se tornará)
do tortulho, que treslera,
já em feto se engelhava...

Que é notícia?

Cão perdeu-se! Por que não?
Cão achou-se! Ainda bem!
Ainda melhor, por sinal,
se o cão perdido e o achado
forem um só e o mesmo
«lidos» no mesmo jornal!

Que é notícia?

Notícia em primeira mão
na minha mão infantil:
notícia é sempre um depois,
é um a viver vivido...

Que é notícia?

Das convulsões deste mundo
dava meu pai a versão:
- Ailitla por toda a Europa...

Que é notícia?

Já o de Éfeso sabia:
não se molha duas vezes
o lenço na mesma mágoa...
Notícia sem coração!
Alcatruz que se abalança
a tornar à sua água?

(7ºA)

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

POEMA PUZZLE – 6º B

Depois do 5ºA, é a vez de publicarmos a “brincadeira” que o 6ºB fez, a partir do bem conhecido poema Faz de conta de Eugénio de Andrade:

Faz de Conta

Faz de conta que sou abelha.
Eu serei a flor mais bela.

Faz de conta que sou cardo.
Eu serei somente orvalho.

Faz de conta que sou potro.
Eu serei sombra em Agosto.

Faz de conta que sou choupo.
Eu serei um pássaro louco,

Pássaro voando e voando
Sobre ti vezes sem conta.

Faz de conta, faz de conta.

(Eugénio de Andrade)


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Faz de Conta

Faz de conta, faz de conta.
Eu serei um pássaro louco,

Pássaro voando e voando
Sobre ti vezes sem conta.

Faz de conta que sou choupo.
Eu serei sombra em Agosto.

Faz de conta que sou potro.
Faz de conta que sou cardo.
Eu serei somente orvalho.

Faz de conta que sou abelha.
Eu serei a flor mais bela.

(6ºB)

terça-feira, 4 de novembro de 2008


Fonte da imagem: aqui

Até ao final deste mês, continuamos a receber e a publicar as vossas criações, no âmbito do nosso concurso criativo. Desta feita, é o Filipe Tápia que nos dá a conhecer os seus versos:


Ergue-te

Ergue-te
Atira fora a charada da tua vida.
Deixa-me acender-te o coração,
Arder a decadência da tua vida.
Sente a luz dos meus olhos,
Encontra o caminho pela escuridão hoje
Sem ter medo de ninguém.

Vem levar-me
Remove-me o medo dos olhos,
Sente a chama do meu coração
A desvanecer-se.
Toda a conversa negada
Ouvindo ninguém.
Sou precioso para ti agora?

Agora não o consigo parar.
Pura emoção
Caindo dos meus olhos.
És vindicadora,
Libertante
Salvadora da minha alma
.

Filipe Tápia, 10º ano

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

POEMA PUZZLE

O Cata-Letras tem a honra de apresentar o original resultado da actividade Poema Puzlle, onde as diferentes turmas trabalharam à sua maneira os versos de poetas (por enquanto) mais consagrados. Para já, fiquem com a volta dada pelo 5º A (em azul) a um dos poemas de Maria Luísa Ducla Soares (a vermelho):


Livro

Livro
um amigo para falar comigo
um navio
para viajar
um jardim
para brincar
uma escola
para levar
debaixo do braço.

Livro
um abraço
para além do tempo
e do espaço.

(Maria Luísa Ducla Soares)



Livro

Um jardim
Uma escola
Para brincar
Para falar comigo
Para viajar

Livro
Um amigo
Para levar debaixo do braço
Um navio
Um abraço
Para além do tempo
E do espaço.

(5ºA)

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Publicamos hoje mais um texto, no âmbito do nosso concurso criativo, desta feita enviado pelo João Pereira. É o relato de uma aventura fantástica, cheia de surpresas e de personagens irreais, protagonizada pela corajosa Mafalda.


Viagem a outro mundo


Era uma vez uma rapariga chamada Mafalda que era muito curiosa. Estava no 5º ano de escolaridade e tudo era novidade para ela, as disciplinas, os colegas, os professores, os espaços escolares, etc.
Dia após dia ia-se acostumando a tudo. Como havia uma praia perto da escola, começou a ir lá no fim das aulas.
Certo dia, como estava cansada foi dar um mergulho. E assim começa a história. Quando já estava submersa virou-se, olhou para cima e reparou que estava muito longe da superfície. Então, assustada, nadou com toda a força mas apercebeu-se que quanto mais nadava para a superfície, mais se afastava dela e então tentou inverter o seu rumo.
Nadou cada vez mais para baixo, até que chegou ao fundo. Ainda com uma reserva de ar, nadou para a frente avistando um navio naufragado.
A zona em que se encontrava era baixa e decidiu investigar. Procurou por todo o lado e reparou que não havia lá nada. De repente, lembrou-se que não tinha revistado o porão. Entrou e viu um baú, pensou que seria um tesouro! Abriu-o e viu um símbolo Inca, de repente sentiu-se a ser arrastada para dentro dele. Passados alguns segundos, pensou que ia morrer e então fechou os olhos. Instantes depois abriu-os e reparou que respirava ar puro! Olhou para trás de si e nem acreditou no que vira, mesmo ao pé de si estava uma bolha gigante que lá dentro transportava um grande palácio e escolas em estilo romano.
Mafalda começou a nadar até lá e quando chegou um homem peixe avisou-a que os seres recém-chegados àquele mundo só lá podiam permanecer durante 48 horas, senão ficariam ali presos para todo o sempre, transformando-se numa criatura horrenda como o homem-peixe. Ela ficou horrorizada com o que ouviu, porque não se queria tornar naquele ser. Então continuou até que viu outros homens-peixe a voarem em cima de “Dragonairs” (criaturas aladas azuis e brancas com uma bola mística ao pescoço que serve de G.P.S.).
Na praça ao pé da escola, havia, já desde há muitos anos, uma espada mágica que, quando alguém lhe tocava, lançava uma energia ultra-sobrenatural .
De repente Mafalda ouve um estrondo, toca com toda a força a campainha de alarme. Todos diziam que um tal Wandestarfall tinha voltado para roubar a espada e capturar o príncipe Glastivown (príncipe que reinava naquele mundo). Logo, Wandestarfall arromba os portões e começa a guerra. As suas armas eram machados e espadas, e as de Glastivow eram lanças e bestas.
A batalha começou, Mafalda escondera-se a observar o que se passava! Tinha medo, mas tinha que fazer alguma coisa.
Olhou para os lados e viu um Dragonair pousado. Pensou que estava ali a solução. Montou nele e levantou voo. Como era esperta, apercebeu-se que para o controlar tinha que inclinar o corpo para onde queria ir, então deu a volta e foi combater. Reparou que não tinha armas…olhou ao longe e viu uma besta, então tentou apanhá-la. Não foi fácil até a conseguir apanhar, apareceram muitos guerreiros do mal para a impedir de ganhar a batalha. Com muito esforço, Mafalda alcança a besta desviando-se e eliminando todos os guerreiros de Wandestarfall.
Todos lhe estavam gratos pela vitória e como prova da sua gratidão, deixaram-na tentar tirar a espada mágica da pedra de Excalibur.
Com a alma aberta retirou a espada da pedra e o príncipe Glastivow, como recompensa, mostrou-lhe a porta de saída daquele mundo.
Como a viagem de regresso era atribulada e perigosa, o príncipe ofereceu-lhe a espada. Então Mafalda, cheia de coragem, foi em busca da saída.
Andou e ao longe avistou uma sala. Começou a correr na sua direcção e de rompante a porta fecha-se trancando-a lá dentro. Olhando para todos os lados e sem saber o que fazer, vê uma pedra no meio da sala. Olhou e lembrou-se da espada espetada na pedra e decidiu experimentar fazer o mesmo para ver o que acontecia. Imediatamente a pedra desfaz-se em mil bocadinhos. Retira a espada e rapidamente se apercebe que o chão se divide em dois. Sem ter alternativa, mergulha e nada em direcção ao mar. Quando chega à superfície olha em redor e vê a praia onde mergulhara e com medo que mais alguma coisa lhe acontecesse, nada rapidamente até à costa. Aí reparou que a espada tinha diminuído tanto de tamanho que ficou com o formato de um porta-chaves. Cansada, chega a casa e conta o que lhe tinha sucedido, mas ninguém acreditou na sua história. Restava-lhe como prova da sua aventura a pequena espada que guardou para sempre.

João Carlos Carvalho Pereira, 5º D nº 8

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

O (ANIMADO) MÊS DAS BIBLIOTECAS

O mês de Outubro tem sido positivamente agitado na nossa biblioteca. Ainda no dia 16, no âmbito do Dia da Alimentação, arrancou a iniciativa Máquina “Poemas da Alimentação”, onde foram sorteados inícios de histórias feitos colectivamente pelos alunos presentes e que deverão ser continuados e entregues até ao final do mês. Entretanto, desde ontem (20/10), decorre a Máquina da Poesia, através da qual os alunos retiram três palavras de três sacos (um substantivo, um verbo e um adjectivo) e iniciam uma história que deverá ser entregue à D. Maria José até ao final do mês de Outubro.

Para além destas, muitas outras iniciativas estão a decorrer, no âmbito do Mês das Bibliotecas. Depois de terminado o Poema Puzzle, cujo resultado pode ser apreciado nas janelas, arranca agora a Estafeta de Poemas, que envolverá toda a comunidade educativa.

E não se esqueçam que temos ainda a História do Mês (para completar até ao final de Novembro) e o concurso criativo do Cata Letras! Para este último, continuamos a receber alguns textos muito interessantes e que merecerão honras de publicação aqui no blog, como havíamos já informado.

Não te faltam, portanto, oportunidades para participares. Passa pela biblioteca, recolhe os pormenores sobre as iniciativas que estão a decorrer e, já agora, aproveita para requisitar um livro!

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

© Halfdark

Publicamos esta semana o primeiro dos textos que temos recebido, no âmbito do concurso criativo que o Cata-Letras lançou no início de Outubro. Trata-se de uma sentida invocação da amizade, feita pela Diana Santos:

O meu objectivo

Os amigos são poucos para tanto sentimento que está dentro de mim. Por vezes apetece-me rir e tenho um amigo ao lado. Outras, quero conversar e aparece um amigo do nada para eu poder falar. Mas, quando a raiva e a amargura tomam conta do meu ego, nem o mundo inteiro era capaz de me apaziguar. Por isso escrevo. Redijo aquilo que me apoquenta, aquilo para o qual não tenho nem obtenho resposta.

O meu objectivo não é que pensem que sou louca ou uma “poeta” do terceiro mundo. Apenas que leiam o que escrevo e que, se não entenderem a minha dor, que pelo menos retirem uma lição das minhas palavras e que aprendam que o mais importante não é ser amigo de corpo e alma. É preciso entender o que os nossos amigos sentem…Olhem pelos vossos amigos, olhem por aqueles que vos querem bem. Cuidem de quem vos ama!

Diana Santos, 10º ano

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

O Cata-Letras fará tudo, ao longo do ano lectivo, para ajudar a nossa Biblioteca no esforço, nem sempre fácil, de aumentar o vosso apetite pelos livros.

Neste sentido, vamos tentar desdobrar-nos em ideias, procurando mil e uma formas de chegar aos nossos leitores.

E uma dessas formas é, sem dúvida, apelar à vossa participação e colaboração. Não se esqueçam de enviar os vossos textos para o nosso endereço electrónico, habilitando-se, com a vossa criatividade, ao prémio que continua em exposição na nossa Biblioteca.

Todos os textos que recebermos até ao final de Novembro, devidamente identificados, serão automaticamente candidatados a concurso e publicados aqui no blog, sejam eles poemas mais intimistas ou simples opiniões sobre livros que vos tenham marcado particularmente.

Na próxima semana começaremos a publicar algumas das participações, que entretanto fomos recebendo.

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

QUERES GANHAR UM PRÉMIO?

O Cata-Letras tem para te oferecer um livro e uma t-shirt!

Envia um texto da tua autoria (um poema, um conto…) para o nosso endereço electrónico (blogbiblioteca@hotmail.com) ou deixa-o junto da D. Maria José.

A melhor participação que recebermos até ao final do mês de Novembro terá direito ao prémio em exposição na nossa biblioteca.

Vá lá, despachem-se!!!

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

APRENDE A LER UM LIVRO!

Depois deste vídeo, a tua relação com os livros nunca mais será a mesma.
(COM SOM)

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

ANO NOVO, VIDA NOVA!

Olá a todos!

Depois de uma repousante interrupção estival, o Cata Letras está de volta.
Ou melhor, não só estamos de volta, como sobretudo às voltas com os livros, que serão este ano lectivo, mais do que nunca, os instrumentos da nossa felicidade.

Enquanto espaço de promoção do livro ao serviço da nossa biblioteca, o Cata Letras (re)aparece com algumas mudanças. Mudanças de “roupagem”, como terão reparado até os mais distraídos, e mudanças na relação com os nossos leitores.

Procuraremos ser mais dinâmicos e criativos, não só na promoção dos livros, como na publicação das vossas criações, que contamos continuar a receber.

Um bom ano lectivo!

sexta-feira, 20 de junho de 2008

ATÉ JÁ!

O Cata-Letras agradece a todos aqueles que, durante o ano lectivo, ajudaram a manter este espaço criativo.

A alunos, professores e restantes colaboradores, os nossos agradecimentos pela vossa disponibilidade.

terça-feira, 17 de junho de 2008

Apesar de estarmos na recta final deste ano lectivo, altura em que a disponibilidade para a escrita criativa costuma ser menor, o Cata-Letras continua a receber participações valiosas dos seus leitores. Depois da declaração apaixonada do Leonardo do 7º D, que publicámos na passada semana, apresentamos agora duas novas histórias. A primeira tem o típico final feliz, enquanto que a segunda, muito bizarra, trata de galos que gostam de jogar à bola(!?). Ambas foram enviadas pelo Mário do 6º C :

A Sereia

Era uma vez uma menina chamada Iara. Tinha cabelos ruivos como o fogo e olhos azuis como o mar.
Um dia, essa menina estava em pé numa rocha e resolveu atirar-se ao mar.
De repente, ganhou escamas e uma barbatana e transformou-se numa sereia.
Quando andava a nadar, apareceu-lhe pela frente uma bruxa-polvo muito má.
A bruxa-polvo fazia-lhe a vida negra, porque lhe batia com um tridente que tinha trocado pela vassoura.
Esta bruxa-polvo tinha também trocado o seu chapéu por uma coroa e, com os seus poderes, fez uma grande tempestade para matar a sereia.
Esta começou a gritar e a levantar os braços. Então, viu ao longe um barco que veio socorrê-la.
Nesse barco vinha um príncipe que a salvou e, quando ela pulou para o barco, perdeu as
escamas e a barbatana e voltou a ser uma menina.
Então ela e o príncipe casaram-se e foram felizes para sempre.

Os Galos Jogadores

Era uma vez dois galos que gostavam muito de jogar futebol.
Um dia, resolveram fugir do galinheiro onde moravam. Roubaram uma bicicleta a duas ovelhas e foram até à paragem do autocarro. Quando o autocarro passou entraram e sentaram-se num sofá que lá estava, a jogar o jogo do galo.
Quando chegaram à paragem do Estádio dos Cavalos, saíram do autocarro e entraram no estádio.
Entretanto, começou o jogo da equipa dos cavalos, mas aconteceu um imprevisto: ao tentar marcar um golo, a bola bateu num dente do cavalo Férix e partiu-lho.
Entretanto, caiu uma trave em cima do cavalo Atrasado e partiu-lhe uma perna.
Como não havia jogadores suplentes, os dois galos começaram a correr pelas escadas abaixo, direitinhos ao relvado.
No relvado, começaram a jogar e depois o galo Maluco saiu do campo, porque tinha levado um murro do cavalo Jair e, a seguir, o galo Pindérico marcou sete golos.
Entretanto, os lobos que jogavam contra os cavalos, marcaram três golos, mas o galo tinha ganho a taça.
O público - que eram os porcos, os bois e os pássaros - estava todo contente e, já fora das bancadas, estava a pedir autógrafos à equipa do cavalos, ao galo e ao treinador, uma avestruz que se chamava Jonas.
Havia uma claque de macacas que não parava de comer bananas e, de repente, um elefante escorregou numa casca e caiu em cima da avestruz, mulher do treinador.
Ela ficou toda pisada e foi logo para o hospital das zebras e os cavalos e o galo foram embora para casa das mulheres deles e, depois, foram ainda para a discoteca até às sete da manhã, para comemorar aquele jogo!
E foram estes galos que salvaram a equipa dos cavalos!

Mário Carvalho – Nº 18 - 6º C

quarta-feira, 11 de junho de 2008

HISTÓRIA DO MÊS

Para além da Daniela Nunes do 9ºD e do Fernando Gonçalves do 9º C, vencedores ex aequo da edição de Maio/Junho da História do Mês (3º ciclo), há a destacar a Beatriz Dias (EB1 VN Poiares - vencedora do 1º ciclo) e os vencedores do pré-escolar, os alunos do Jardim-de-Infância de São Miguel, cuja história, carregada de imaginação, aproveitamos para publicar:


A Pedra do João

Certo dia, um menino decidiu fazer uma construção de legos. Quando estava quase a acabar, reparou que lhe faltava uma peça. Sem ela não era possível acabar aquela linda construção.

Procurou, procurou, em todos os cantos, mas nada.

Já quase desesperado, olhou para um baú que se encontrava no seu quarto. Nunca lá ia, mas um brilho especial chamou-o à atenção. Abriu com jeitinho e, lá dentro, encontrou uma pedra brilhante!

E o menino nunca mais se lembrou da construção. Pegou na pedra, pô-la no bolso e lá foi, para fora, para o jardim, com a pedra sempre no bolso.

Veio outro menino e viu que brilhava alguma coisa no bolso do João (o menino da nossa história).

- O que é que tu tens a brilhar no teu bolso, João?
- É uma pedra brilhante!
- Sabes João, eu também tenho uma pedra brilhante…
- Tens? Onde?
- Em minha casa, Nós podíamos ir lá buscá-la!

Os dois meninos foram a casa do Pedro (o amigo do João) buscar a pedra. E o João disse:

- Pedro, vamos arranjar uma caixa e esconder as nossas pedras.
- Boa! Vai ser o nosso segredo! Temos um tesouro.
- Vamos enterrá-lo – disse o João

E os dois amigos foram buscar uma caixa de sapatos velha, meteram lá dentro as pedras e foram para o jardim. Abriram um buraco mesmo junto ao ferro do lado direito do baloiço, para não se esquecerem, e meteram lá a caixa. Taparam o buraco e puseram em cima um pauzinho espetado. Depois, muito contentes, foram para casa do João procurar a peça que faltava, para acabarem a construção.

Procuraram, procuraram….e não encontraram. Mas, de repente, olharam para o baú e viram lá dentro…uma caixa amarela!

Os meninos abriram e lá dentro…

Fim.

Jardim-de-infância de São Miguel

ROSAS VERMELHAS

O Leonardo, aluno do 7ºD, resolveu partilhar com os nossos leitores um poema que, segundo ele, é o espelho do que lhe tem assaltado a alma nos últimos tempos. Aqui fica o seu desabafo:


Rosas vermelhas

Tu és a luz que me seduz de dia e de noite.
O dia inteiro, sem parar, sinto um alegre sentimento.

Nesse teu grande olhar. Olhar de bela flor,
Vejo rosas vermelhas da eterna paixão.

Rosas que dão alegria ao meu fraco coração.
Fraco coração que tem lá dentro um grande pesar.

E por isso quis desabafar!





Leonardo Santos - 7ºD

terça-feira, 3 de junho de 2008

LIVROS QUE MARCAM

Uma história divertida e cheia de aventura, começa por dizer a Diana do 9º B, referindo-se ao livro Stardust – o mistério da estrela cadente, do escritor Neil Gaiman. Quanto à narrativa, continua a Diana, gira muito à volta de Wall, uma aldeia especial que tem uma parede que separa o mundo real do país mágico. É então que o jovem Tristan começa uma bela aventura em busca do seu amor…

terça-feira, 27 de maio de 2008

Depois da viagem ao Japão conduzida pelo David, deixemo-nos agora embarcar e seguir novo rumo até ao…Havai. Quem comanda é a Joana Eloy que, com este texto, foi premiada na edição deste ano dos Jogos Florais (6º ano):


Uma aventura no Havai


Certo dia, o Tiago e a Patrícia foram com a sua família, ao Havai. A viagem foi feita de avião e demorou cinco horas.
Quando chegaram ao Havai ficaram maravilhados. Havia casas de todas as cores: castanhas, azuis, roxas e cor-de-laranja e era tudo muito bonito!
Quando saíram do aeroporto, foram andando, curiosos, em direcção a essas casas até que foram dar a uma praça onde algumas pessoas, vestidas com saias coloridas, calções e «T-shirts», tocavam música e dançavam, alegremente.
Ao pé dessas pessoas, estavam alguns belos pássaros, pendurados nos ramos das árvores: flamingos, tucanos e araras que também dançavam!
Continuaram, então, a andar e viram uma linda praia. A areia era branca, havia muitas palmeiras e o mar era azul-esverdeado e límpido. Havia também muitas tartarugas, golfinhos e peixes de diferentes espécies.
Por lá passavam barcos a motor que também socorriam as pessoas quando elas se estavam quase a afogar.
Nesta praia, havia uma espécie de geladaria onde se vendiam, para além de gelados, sumos e batidos de diferentes frutas. Aí ouvia-se a música que era tocada na praça e, à noite, havia grandes festas onde as pessoas dançavam até de madrugada.
A trinta e cinco quilómetros desta praia, havia um local onde, uma vez por semana, todos iam comprar as coisas de que necessitavam.
E o Tiago e a Patrícia estavam a adorar aquela ilha, mas as suas férias estavam quase a acabar…
Eles não queriam regressar, mas tinha de ser, pois as aulas estavam mesmo a começar.
Era já o seu último dia de férias e eles pediram aos pais para comprarem algumas lembranças e os pais fizeram-lhes a vontade.
E, à noite, partiram, mas prometeram que, nas próximas férias, voltariam àquela ilha maravilhosa.


Joana Eloy – Nº 11 – 6º B

terça-feira, 20 de maio de 2008

ENSAIO SOBRE A RIQUEZA

O David do 5º C foi distinguido, conforme anunciámos há dias, com o primeiro prémio na prova de texto da edição 2007/08 dos Jogos Florais (Língua Portuguesa, 2º ciclo/5º ano).

E, como havíamos prometido, aqui fica o seu texto, um verdadeiro ensaio sobre a riqueza.

Um homem rico

Era uma vez um homem muito rico que se chamava Pedro e que vivia numa casa muito luxuosa. Os seus amigos chamavam-lhe Pedrito.
A casa onde ele vivia era realmente muito grande mas, para ele, era pouco! Ele tinha SPA com hidromassagem, piscina e muitas outras comodidades.
Um dia, jogou no Euromilhões e ficou com muita esperança de conseguir ganhar ainda mais dinheiro.
E, à noite, como sempre, ele foi ver, na sua luxuosa televisão, os números que tinham saído e todos eles estavam ali certinhos e até as estrelas da sorte!
O Pedro gritou de alegria e começou logo a pensar o que iria fazer com aquele grande prémio.
No dia seguinte, já com o dinheiro na mão, decidiu ir fazer viagens por todo o mundo e delas retirar o seu melhor proveito.
E lá partiu a caminho da França, da América e da Austrália, mas onde ele queria mesmo ir era ao Japão!
Quando lá chegou, pegou no seu computador portátil, para procurar um hotel de cinco estrelas.
No fim de escolher o hotel, chamou um táxi e foi logo para lá.
O Pedro ficou satisfeito com o seu hotel, porque tinha tudo o que ele queria.
No fim de já estar instalado no hotel, decidiu ir tomar banho na piscina, para relaxar.
Nessa piscina havia de tudo, incluindo um “barman” para o servir.
O Pedro decidiu, então, ir para cima de um colchão insuflável que estava na piscina e pegar no seu computador, para conversar com as namoradas.
Entretanto, fez-se noite e o Pedro foi para a cama, descansar.
No dia seguinte, foi comprar roupas, móveis e muitas outras coisas.
Depois, foi ver o seu dinheiro e surpreendeu-se, porque já tinha bem menos.
Decidiu, então, começar a trabalhar, no Japão, antes de regressar a Portugal.
O seu trabalho era muito rígido e exigente, mas tinha de ser feito.
Passado algum tempo, já tinha mais dinheiro e voltou, então, a Portugal.
Os amigos foram a sua casa e festejaram a sua chegada.
E, a partir daí, o Pedro decidiu recomeçar uma nova vida, a trabalhar em Portugal.


David Silva – Nº 9 - 5º C

Nota: Na próxima semana publicaremos o texto da Joana Eloy, a primeira classificada do 6º ano.

terça-feira, 13 de maio de 2008

O nosso amigo João Pereira (EB1 do Entroncamento), de quem publicámos há umas semanas o relato de uma interessante viagem espacial, enviou-nos desta vez uma história com os pés (e os dentes) bem assentes na Terra. Uma espécie de volta ao mundo em…80 dentadas:

“O menino que comeu o mundo”

Era uma vez um menino que demorava muito tempo a comer. Conversava, conversava e a comida continuava no prato. Tudo servia para o distrair, até que a mãe reparou no que ele estava a fazer.
Dividiu a comida em duas metades e disse:
- Mãe, vou comer o mundo, mas primeiro vou dividi-lo em Hemisfério Norte e Hemisfério Sul e a linha que o separa chama-se Equador.
- Meu Deus! – Exclamou a mãe. – Se tu demoras tanto tempo a comer um prato de arroz, quanto tempo demorarás a devorar o mundo?!
Então o menino começou por comer o hemisfério Sul, e ia dizendo:
- Mãe já comi o Brasil! Agora vou comer o Sul de África, a Oceânia e a seguir vou comer o glaciar Antárctico -Disse o menino.
Continuou a comer, até que chegou à Antárctida e, exclamou rindo:
- Mãe, mãe, encontrei um osso polar!
-Estás maluco? – Disse a mãe. - Vê lá se encontras o proprietário!
Comido o hemisfério Sul, ele deliciou-se com a zona Este do hemisfério Norte. Comeu parte da Ásia e ainda da Europa. Depois, quase enfartado, comeu Portugal, Espanha, França, Luxemburgo, Alemanha e América do Norte, mas não cumpriu o objectivo, que era comer o mundo inteiro.

O menino olhou em redor e viu uma laranja, e disse:

-Vou comer a Lua, o satélite natural da Terra. Depois de a comer, reparou na revolta dos mares, que sem a influência da Lua, engoliram o resto dos países e o mundo desapareceu. O menino respirou de alívio e disse:

-Mãe, mãe, o que é que vou comer ao jantar?

João Carlos Carvalho Pereira - EB1 do Entroncamento – 4º ano

terça-feira, 6 de maio de 2008

AFINAL, O QUE É A FELICIDADE?

Não é coisa fácil de traduzir em palavras. Nunca foi, de resto. Por ser muito instável e volátil, a felicidade nunca se deixou conquistar totalmente, daí que ninguém saiba verdadeiramente o que é.

Seja como for, o João Bizarro do 8ºC quis arriscar e enviou-nos a forma como vê tão insondável sentimento. Leiam-no e…sejam felizes:

A felicidade, para mim, é como uma andorinha a voar, como um cisne a nadar pela água.
A felicidade, para mim, é o sentimento que faz com que nós não ajamos como seres inanimados; é o que nós vemos no fundo dos nossos corações, o que faz de nós seres que não sentem ódio nem angústia.
É um modo de sermos melhores, de não nos deixarmos cair pelas dificuldades, é mantermos a auto estima, é termos nós a coragem de destruir o que está encravado dentro de nós e que nos tortura por guardá-lo; é ser o Sol capaz de aguentar tudo o que nos atinge e lutar sempre pelo que queremos.

João Bizarro - nº 10 - 8ºC

terça-feira, 29 de abril de 2008

E OS PREMIADOS SÃO...

Abril foi mês de entrega de prémios aqui na Biblioteca. Foram reconhecidos alunos em diferentes categorias/actividades, alguns deles, colaboradores do Cata-Letras.

Assim, na categoria “Os Melhores Leitores” do 5º ano, os prémios do segundo período foram para:

1º- Carla Sofia Santo (5ºA); 2º- Susana Filipa (5ºD); 3º- Helena Marques (5ºD)

Na categoria “Os melhores Leitores” do 6º ano, os prémios do segundo período foram para:

1º- Inês Mosqueira (6ºC); 2º- Ingrid Melo (6ºC); 3º- Mário Carvalho (6ºC)

Quanto à categoria “História do Mês”, o primeiro prémio, no pré-escolar, foi dividido entre o Jardim-de-infância de Vila Nova de Poiares (sala 3) e o Jardim-de-infância de São Miguel. Já no primeiro ciclo, a classificação foi a seguinte:

1º- Célia Subtil, 3º ano (EB1 Arrifana); 2º- Jéssica Gomes, 4º ano (EB1 Arrifana); 3º- Prémio dividido entre a turma D, alunos da professora Paula Reis (São Miguel) e a Sofia Gonçalves do 3º ano da EB1 da Arrifana.

Ainda na categoria “História do Mês”, a vencedora do segundo ciclo foi a Sílvia Carvalho do 5º D, enquanto que a Marina Ferreira (9ºB) e a Joana Matos (9ºA) dividiram o primeiro prémio no terceiro ciclo.

Quanto à iniciativa Jogos Florais (Língua Portuguesa, 2º ciclo), eis os prémios nas diferentes categorias:

Desenho, 5º ano-

1º Maria de Fátima Simões – Nº 18 – 5º C; 2º Sílvia Carvalho – Nº 23-5º D; 3º Susana Ferreira - Nº 25 – 5º D

Desenho, 6º ano-

1ºJoana Eloy – Nº 11 – 6º B; 2º Inês Carvalho – Nº 11 – 6º A; 3º Mário Marques – Nº19 – 6º C

Texto, 5º ano-

1ºDavid Silva - Nº 9 - 5º C; 2ºInês Santos – Nº 11 - 5º D; 3ºSílvia Carvalho - Nº 23 - 5º D

Texto, 6º ano-
1ºJoana Eloy – Nº 11 – 6º B; 2ºLiliana Carvalho – Nº 15 – 6º A;3ºBruno Serafim – Nº 2 - 6º B

Leitura expressiva, 5º ano-

1º Catarina Santo – Nº 7 - 5º C; Helena Marques – Nº 9 – 5º D;Inês Baptista – Nº 10 – 5º D
2º Andreia Carvalho – Nº 3 – 5º C; David Silva – Nº 9 – 5º C; Susana Ferreira – Nº 25 –
5º D
3º Inês Carvalho – Nº 10 – 5º B

Leitura Expressiva, 6º ano-

1ºMário Marques – Nº 19 – 6º C
2ºJorge Santo – Nº 19 –
6º D
3º Inês Henriques – Nº 11 e Mariana Carvalho – Nº 18 – 6º A;Bruno Serafim – Nº 2 - 6º B; Ingrid Melo – Nº 11 – 6º C

Alguns dos trabalhos premiados serão, oportunamente, publicados aqui no nosso blog.

quarta-feira, 23 de abril de 2008

O João e o Luís, personagens de uma história enviada pela Inês Ferreira do 5º C, são dois jovens imprudentes e desatinados. De tal forma, que entraram secretamente na sua escola, à procura de aventura. Será que correu tudo pelo melhor?


Ó Luís, vê lá onde metes o nariz!

Num sábado de manhã, o Luís pensou em ligar ao seu amigo João e assim fez.
Quando lhe ligou, disse-lhe:
- João, vai ter à escola! Vamos fazer uma coisa!
E o João logo respondeu:
- Então, daqui a uma hora, eu estou lá.
E assim fez, também.
Passada uma hora, o Luís já estava na escola, à espera do João. Quando o João chegou, logo, de repente, o Luís sugeriu:
- Vamos entrar na escola, mas ninguém nos pode ver!
Naquela escola dizia-se que havia uma entrada secreta, num alçapão, e que, lá dentro, havia fantasmas e até o espírito de uma antiga professora.
Quando o Luís e o João entraram na escola, tiveram de abrir a porta sem fazer barulho e, antes, o Luís tinha perguntado:
- E agora, como é que vamos abrir essa porta?
E o João disse:
- Eu já pensei em tudo! Trago sempre comigo um gancho da minha mãe. Nunca se sabe quando vamos precisar…
O Luís comentou logo:
- Sabia que tu és genial!
O João conseguiu abrir a porta da escola e ficaram logo contentes.
O Luís entrou, então, na sala e foi imediatamente ao pé do quadro, porque era aí que havia o alçapão.
Quando abriram o alçapão, o Luís ordenou:
- Vai tu em primeiro!
E o João perguntou:
- Porquê? Estás com medo?!
- Vamos, então, entrar os dois ao mesmo tempo. - decidiu o Luís.
E assim foi.
Quando entraram, ficaram logo assustados, porque ouviram um barulho muito esquisito. Até parecia que se ouvia dizer o nome deles e o Luís interrogou-se: «Será que é a professora Augusta?!»
E o João sugeriu irem-se embora, mas o Luís perguntou:
- Achas?! Estou curioso para saber o que é…
E o Luís foi atrás do barulho, até que chegaram a uma antiga sala para onde se mandavam os alunos, de castigo.
O Luís entrou logo e o João também entrou, mas com um pouco de medo. Quando eles entraram, a porta fechou-se de repente.
E, algum tempo depois, sentiram-se os dois assustados.
Passados dez minutos, enquanto eles remexiam coisas antigas, apareceu uma mulher velha e feia que lhes perguntou, com uma voz autoritária:
- O que fazem aqui, seus miúdos horríveis?
E o Luís, assustado, respondeu:
- Peço desculpa, não a queria incomodar.
E, então, ela respondeu:
- Se querem sair daqui, pelo menos vivos, saiam rapidamente!
E o João e o Luís fugiram muito depressa para casa deste e, quando o Luís viu o pai desabafou:
- Pai, tens toda a razão! Nunca mais meto o nariz onde não sou chamado e prometo fazer tudo o que queiras!
E assim foi: o Luís e o João começaram a portar-se bem e continuaram amigos para sempre.

Inês Ferreira – Nº 13 – 5º C

quarta-feira, 16 de abril de 2008

MONSTRUOSIDADES

Um chama-se Casies, o outro Jopesimi. Têm em comum o nome bizarro e a sua…monstruosidade. São ambos criações de alunos da nossa escola, que continuam a revelar uma infinita imaginação:

O Monstro Casies, numa das suas aventuras

Era uma vez um monstro chamado Casies. Vivia no País dos Monstros. Era um monstro muito traquina! Pregava partidas a todos os outros monstros e, depois, punha-se a rir e a dizer que tinha de fazer, outra vez, igual.
Um dia, como já ninguém caía nas suas partidas, decidiu, então, abandonar o mar e ir pregar partidas, em terra.
Como era roxo, azul e rosa, não pôde ir de autocarro e teve de ir a pé. Estava a ficar cansado até que começou a avistar uns prédios altos, ao longe.
Quando lá chegou, pensou: «É agora! Vou recomeçar a fazer partidas!» Mas não via quase ninguém e as poucas pessoas que via não se aproximavam dele.
Até que olhou para trás e viu uma senhora de idade a aproximar-se. Esta senhora usava bengala, tinha óculos escuros e trazia um cão-guia, preso por uma coleira.
Antes que pudesse pensar por que andaria a senhora assim, e numa partida para lhe pregar, o cão começou a ladrar e ela sentiu que estava lá alguém e, então, começou a aproximar-se mais. Casies pensou: «Está com ar aflito e apressado!»
Quando acabou esta sua suposição, sentiu que alguém tinha tocado nos seus tentáculos.
- O senhor tem ar de ser muito forte! É mesmo de uma pessoa assim que eu preciso! – disse a velha.
- Será que é cega? Isso explica os óculos, a bengala e o cão. – disse Casies.
- Venha por aqui! – disse outra vez a velha.
Apoiando-se na bengala, ela levou-o a um quarto dum dos prédios altos. Um pouco longe da porta, já se ouviam gritos e guinchos irritantes. Quando entrou, olhou em frente e viu quatro caminhas muito juntas e quatro bebés.
O sol batia na janela daquele pequeno quarto. Deviam ser umas quatro e meia da tarde e era um dia quente de Verão.
A senhora idosa disse, então, ao monstro Casies:
- Estes são os meus netinhos. Eles são quadrigémeos: duas meninas e dois meninos. A minha filha foi de férias e eu fiquei a tomar conta deles, mas não sou capaz. Estou velha e não vejo. Ainda por cima tenho de ir a casa de uma amiga minha, a Évora.
Casies percebeu que ela queria que ele tomasse conta dos bebés e disse:
- Mas eu…
-Não se preocupe – interrompeu a velha – tenho a certeza de que é boa pessoa e de que da conta do recado. Foi-se embora e ele ficou a tomar conta dos bebés.
Passadas umas horas, exclamou:
- Ai se não fossem os meus tentáculos!
Já estava quase a “rebentar” de segurar tantas coisas quando a senhora de idade chegou e lhe disse:
- Já cá estou! Eu sei… Vamos jantar, porque eu encomendei a comida e também já falei com a minha filha que chega amanhã. Até lá, o senhor vai cá dormir.
E, de manhã, quando acordou, a velha já estava levantada e a filha já tinha chegado. Quando o viu, gritou tanto, tanto que ele fugiu a sete pés.
Decidiu, então, voltar para o seu país e, quando lá chegou, todos os monstros se riam dele, porque os que vão a outro planeta têm azar para toda a vida e o Casies ficou a ouvir os guinchos daqueles bebés para sempre.

Texto de Catarina Santos, nº 7 - 5º C (editado por João Miranda, nº13 – 7º A)


O Monstro Jopesimi


Era uma vez um monstro chamado Jopesimi. Tinha cabeça de hipopótamo, braços de dinossauro, corpo de dragão e pés de leão.
Apesar de ser assim, este monstro era calmo e gostava de brincar com as crianças.
Quando elas o viam, desatavam a fugir, mas os pais, como sabiam que ele não era mau, sossegavam-nas e elas vinham para junto do Jopesimi.
O jogo preferido dele era o futebol mas, com as garras, furava muitas vezes a bola.
Este monstro gostava de vir até à Biblioteca, consultar a Internet, mas as unhas atrapalhavam um bocado no teclado. Por isso, do que ele gostava mesmo era de ler um livro de histórias para aprender a escrever melhor e, depois, até contava essas histórias às crianças.
Também apreciava muito os livros de Ciências para ver as imagens dos animais de que era composto.

João Miranda - Nº 13 – 7º A

terça-feira, 8 de abril de 2008

A caixa de correio electrónico do nosso blog tem sido invadida, nas últimas semanas, por participações muito criativas de alunos do primeiro ciclo. Depois do João Pereira do Entroncamento (de quem já recebemos mais um conto) seguiram-se inúmeras contribuições de alunos de diferentes escolas do nosso agrupamento. O Cata-Letras agradece mais uma vez o interesse e o entusiasmo manifestados, com a promessa de divulgação dos vossos trabalhos. Desta vez, escolhemos uma história enviada pela Jéssica, aluna da EB1 da Arrifana, que fala de uma relação especial entre um feiticeiro e uma bruxa:

O Feiticeiro

Há muitos anos atrás, numa floresta misteriosa, vivia um feiticeiro com um aspecto muito esquisito. Usava uma capa negra e uns sapatos muito compridos e bicudos. A sua cara era comprida e na ponta do nariz tinha uma grande verruga que o incomodava quando tinha de usar os seus pequenos óculos redondos.
A sua casa era assustadora, tinha muitas teias de aranha e tinha um enorme quadro com a sua família.
Num dia de sol e sem nuvens o feiticeiro foi dar uma volta pela floresta. Quando chegou à floresta sombria encontrou uma casa onde vivia uma bruxa muito malvada que tinha uma borbulha na ponta do nariz. O feiticeiro corajoso com a sua cobra ao lado, bateu à porta, mas ninguém lhe abriu a porta. Como ninguém lhe abriu a porta ele entrou e viu um enorme caldeirão com muitas bolhas. A bruxa esperta estava a ver tudo com a sua bola de cristal. Enquanto o feiticeiro observava a casa, a bruxa com a sua vassoura entrou pela chaminé e perguntou ao feiticeiro o que é que ele estava ali a fazer. E o feiticeiro disse:
- Nada! Eu bati à porta e não estava ninguém.
A bruxa como desconfiava disse-lhe:
- Agora tu vais ser transformado num sapo e a tua cobra num pequenino rato.
Então, o feiticeiro ao ouvir aquilo pôs-se a andar para sua casa.
No dia seguinte o feiticeiro olhou-se para o espelho e começou a gritar:
_ AH! AH! AH” Eu sou um sapo e a minha cobra é um pequenino rato!
Então os empregados ao ouvirem aquilo foram ver o que o feiticeiro tinha. Os empregados ao entrarem no quarto do feiticeiro começaram-se a rir de ver o feiticeiro transformado num sapo. Quando o feiticeiro transformado num sapo viu os seus empregados a rirem disse:
- Vocês parecem umas galinhas a cacarejar.
Depois o feiticeiro foi ter com a bruxa. Quando chegou a casa da bruxa viu um papagaio que não parava de dizer:
_ Eu tenho uma bruxa chamada Diana, eu tenho uma bruxa chamada Diana …
O feiticeiro desceu umas escadas que ia dar ao quarto da bruxa.
Ele bateu à porta e a bruxa abriu-a e disse:
- O que é que estás aqui a fazer outra vez? Queres que eu te transforme num porco?
E o feiticeiro disse:
-Eu quero que tu me transformes como eu era dantes!
A bruxa disse-lhe:
-Eu só te transformo como eras dantes se tu fores à floresta arco – íris buscar uma pena de galinha verde.
Então o feiticeiro foi à floresta arco-íris buscar a pena de galinha verde. No dia seguinte a bruxa foi a casa do feiticeiro buscar a pena de galinha verde. Quando o feiticeiro abriu a porta a bruxa perguntou-lhe:
- Onde é que está a pena de galinha verde?
- Aqui tem a pena de galinha verde, dona bruxa.
A bruxa disse-lhe para ir com ela a sua casa. Quando chegaram a bruxa fez a poção para que o feiticeiro voltasse ao normal. Mas quando a bruxa viu que a pena era vermelha, pois o feiticeiro tinha-a enganado. Ela ficou ainda mais furiosa e transformou o feiticeiro num porco. No entanto a bruxa deu-lhe mais uma oportunidade para ir outra vez à floresta arco--íris buscar uma pena de galinha verde. Quando o feiticeiro chegou à floresta arco-íris já tinha escurecido. A noite era muito escura e o feiticeiro estava com medo dos lobos. Mas ele como era corajoso resolveu montar uma tenda para dormir.
No dia seguinte, o feiticeiro continuou viagem para ir buscar uma pena de galinha verde. Ao meio do caminho encontrou um galinheiro onde havia muitas penas de galinhas verdes. O feiticeiro foi logo a correr para lá. Quando apanhou a pena de galinha verde foi logo para casa da bruxa. Quando lá chegou a bruxa inverteu o feitiço e o feiticeiro voltou ao normal. No dia seguinte quando os empregados viram o feiticeiro de volta ao normal fizeram uma grande festa e uma grande jantarada.
Passados dois meses a bruxa e o feiticeiro voltaram-se a encontrar, estavam apaixonados um pelo outro. Quando todos souberam disso ficaram muito contentes. Então a bruxa e o feiticeiro casaram-se, tiveram muitos filhos e viveram felizes para sempre.

Jessica Gomes - 4º ano - EB1 de Arrifana

terça-feira, 1 de abril de 2008

LIVROS QUE MARCAM

É com o conforto ganho pelo vosso reconhecimento que o Cata-Letras regressa, depois da Páscoa. Agradecemos todas as participações que nos têm chegado e prometemos que cada uma delas terá o merecido destaque.

Desta vez, a Diana Santos do 9ºB (uma das colaboradoras mais assíduas do Cata Letras) envia-nos um pequeno comentário sobre um livro que trata um dos grandes mistérios da História. O Santo Sudário, de David Zurdo e Ángel Gutiérrez, fala-nos de um elemento, quase mágico, que ainda hoje é um dos maiores enigmas da cristandade. A História começa em 1502, quando a família Bórgia encomenda a Leonardo Da Vinci uma obra muito especial, envolvida em mistério.

Nas palavras da Diana, o livro é assim:
História magnífica, que eu resumiria numa bela passagem: “Às vezes, o mais óbvio passa despercebido quando a mente está ocupada com mil pormenores.”

terça-feira, 11 de março de 2008

UMA VIAGEM ESPECIAL

O Cata Letras recebeu mais uma história muito bem elaborada, desta vez enviada por um aluno do primeiro ciclo do Entroncamento. É uma grande satisfação constatar que o Cata Letras vai entrando gradualmente nos hábitos dos nossos alunos, principalmente daqueles que gostam de ler e de escrever. Aproveitamos, aliás, para pedir que, durante a interrupção de actividades lectivas que se avizinha, os nossos leitores/colaboradores dediquem alguns minutos do seu tempo à imaginação e à criação. Cá aguardaremos as vossas participações. Por enquanto, acompanhem-nos nesta viagem espacial (e especial), a bordo da nave GX3L, muito bem conduzida pelo João Pereira:

A bordo de um vaivém

- Bem-vindos a bordo! Eu sou o astronauta João e a minha nave é a GX3L, onde vou ser lançado para o espaço numa missão, que é tentar alcançar Sedna.
A GX3L tem uma protecção anti-meteoritos, tem vinte e cinco computadores onde eu e os meus amigos podemos verificar a rota, os compartimentos…
A GX3L tem cápsulas de emergência, um sistema de armazenamento de alimentos, já para não falar como ela está equipada: um spa onde podemos relaxar e também um alarme.
No dia em que fomos lançados, quando já estávamos no espaço, descansando, de repente o alarme soou. Todos fomos ver, era um buraco negro.
Tentámos afastar-nos dele, mas não resultou. Tínhamos sido sugados por ele.
Mesmo no último instante abri os olhos e tinha visto que não tínhamos morrido, mas sim ido para outra galáxia.
Ficámos espantados. Aquela galáxia tinha estradas que ligavam diversos mundos entre si e extraterrestres, que tinham uma fonte de luz junto deles.
Esfregámos os olhos e eu disse:
- Como saímos nós desta galáxia?
- Amigos, aqui existem muitos mistérios por desvendar, não?!... - disse o meu companheiro.
- O que é aquela fonte de luz?
- Porque a utilizam?
- Como é que sobrevivem? E muito mais, para além do que vimos! - Disse eu.
- Saímos da nave e perguntámos a um extraterrestre, onde podíamos comprar um carro, e ele disse:
- Brrlpqldxzsrabcefgihlk !...
- Desculpe?!...
- Brrlpqldxzsrabcefgihlk !...
- Sim, muito obrigado…
- Jinknpiniquitidgsszx!!!...
Depois de comprarmos o carro, começámos a conhecer o local e fomos pesquisando, até que encontrámos um livro escondido que nenhum extraterrestre sabia existir.
Começámos a tentar decifrar o que estava escrito, e conseguimos!
Dizia o seguinte:
- A nossa estrela permite-nos passar de galáxia em galáxia e também é a nossa fonte de energia.
- Pára! - Disse eu.
- Recapitulando, se tivermos uma estrela podemos passar para Terra.
- E Sedna?! – Perguntaram-me.
- Temos muitos conhecimentos.
- Sedna fica para a próxima.
O malandro do Daniel (um dos meus companheiros) roubou uma estrela e conseguimos regressar.
- Quando chegámos ao Planeta Terra, fizeram-nos perguntas, mas nós não contámos nada do descoberto deixando as galáxias em paz.


João Carlos Carvalho Pereira - EB1 do Entroncamento – 4º ano

terça-feira, 4 de março de 2008

UM DOS MAIS PROCURADOS

A colecção Livros do Dia e da Noite é caracterizada pela variedade de autores portugueses para crianças e jovens. A nossa biblioteca recebeu os livros há já algumas semanas, tempo suficiente para podermos testemunhar que são um caso de sucesso. O portuense João Pedro Mésseder é o autor de um dos livros mais requisitados desta colecção: Versos com Reversos. Um conjunto de poemas onde, segundo a editora Caminho, as palavras nos entretêm nos seus jogos de sons e significados. O Cata Letras confirma que estamos perante um livro divertido, onde parecemos tabelar entre palavras curiosas, até chegarmos, quase sempre, a lugares estranhamente familiares e a paisagens invulgarmente triviais.

Diga-se ainda que este nosso novo campeão de leitura tem magníficas ilustrações de Danuta Wojciechowska. Natural do Canadá e a viver em Portugal desde 1984, Danuta é uma das ilustradoras mais premiadas entre nós.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

IMAGINAÇÃO À SOLTA

O Cata-Letras pode testemunhar, sem margem de erro, que existe uma corrente de escrita na nossa escola. Há muitos alunos que fazem questão de traduzir em palavras a sua fértil e criativa imaginação. O resultado desse esforço tem chegado até ao nosso blog e é já um património valioso para o Cata-Letras. Cá deixamos, assim, mais um exemplo, enviado pelo Artur:

História com bruxa dentro

Era uma vez uma bruxa chamada Jacqueline que era muito feia e muito má. Ela tinha uma grande verruga no nariz, usava um chapéu bicudo e voava numa vassoura com, pelo menos, vinte metros de comprimento. Tinha três animais de estimação: o seu gato preto, Trambolho; o seu corvo Pastel e o seu vampiro Hulk.
Um dia, ia a passear na sua vassoura e, num certo momento disse para si própria “que tinha de arreliar alguma pessoa” e, de repente, viu um homem e arreliou-o tanto, tanto, que ele exclamou:
- Livra! Já me estou “a passar” com esta bruxa feia e má!
Passados alguns dias já ninguém, mas ninguém mesmo, gostava dela, na floresta onde vivia. Arrumavam-lhe baldes de água suja, ovos e tomates podres para a cabeça e riam-se constantemente dela. Um dia, os habitantes da floresta descobriram que um deles tinha uma doença rara e lembraram-se de ir perguntar à sua vizinha bruxa:
- Bruxa, tens, por acaso, uma poção que possa combater doenças raras?
E ela respondeu de imediato:
-Sim, tenho!
Foram, então, todos, a correr, e curaram a pessoa doente. E, depois a bruxa perguntou:
- Posso, então, continuar a habitar nesta floresta, em paz com todos?
E todos responderam:
- Sim, claro que podes! É certo que foste má por muito tempo, mas fizeste, agora, uma boa acção!

Artur – Nº 5 – 5º C

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

LIVROS QUE MARCAM

Maria Alberta Menéres é uma autora muito querida na nossa biblioteca. Recordamos que um dos seus livros, a colectânea de contos Histórias de tempo vai tempo vem, é um dos mais procurados pelos alunos da nossa escola.

A Mariana Santos do 6º A é uma das fãs da autora e enviou-nos, há já algumas semanas, a sua opinião sobre o livro Passinhos de Mariana, que descreve desta forma:

Li o livro porque uma colega minha me tinha falado muito bem dele. Gostei da história da menina que mora numa quinta e que tem amigos fora do normal: uma formiga, um cão chamado Borbulha, uma ovelha e um burro.

Se ficaram curiosos, passem pela nossa biblioteca, que o livro está à vossa espera.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

CARTAS DE AMOR (E DE DESAMOR)

Os alunos das turmas 5º C e 5º D (os principais fornecedores de conteúdos deste blog) elaboraram, nas aulas de Língua Portuguesa e de Estudo Acompanhado, cartas de amor (e de desamor!), a propósito do Dia de São Valentim. Aqui ficam alguns exemplares, dos muitos que enviaram para o Cata-Letras:


Minha princesa encantada:
Eu penso em ti sempre que o sol brilha através da janela. Sinto-me feliz e apetece-me voar para tua casa.
Os teus lindos olhos dizem-me que o teu coração anseia pela minha presença e a tua mãe faz-me recordar que estás a pensar em mim.
Só tu serás a mãe dos meus filhos. Contigo ao meu lado, a minha vida é a paz que eu tanto sonhei. Sem ti, ela seria uma praia deserta.
Quando voltares, mergulharei nos teus beijos. Espero que aceites o meu amor.
Teu príncipe

Meu docinho de coco:
Eu penso em ti sempre que o sol brilha através da janela. Sinto-me feliz e apetece-me saltar de alegria.
A minha estrela diz-me que estás a pensar em mim e os teus lindos olhos fazem-me recordar que o futuro nos espera.
Só tu és um barco a navegar no meu mar. Contigo ao meu lado, a minha vida é a paz que eu tanto sonhei. Sem ti ela seria um inferno a arder.
Quando voltares, mergulharei nos teus beijos. Espero ter-te, em breve, nos meus braços.
Tua gatinha


Meu King Kong:
Eu penso em ti sempre que estou chateada. Sinto-me furiosa e apetece-me bife com batatas fritas.
A tua indiferença diz-me que há um programa interessante na televisão, hoje, e as tuas cartas fazem-me recordar que vou chumbar o ano.
Só tu és insuportável. Contigo ao meu lado, a minha vida é inútil. Sem ti, ela seria a paz que eu tanto sonhei.
Quando voltares, eu já estarei a milhas. Espero ver-te em breve no cemitério.
Tua artista de cinema


Minha King Kong:
Eu penso em ti sempre que o assado cheira a queimado. Sinto-me doente e apetece-me suicidar-me.
A tua mãe diz-me que sou tolo e as tuas cartas fazem-me recordar que vou chumbar o ano.
Só tu és um pesadelo na minha noite de sono. Contigo a meu lado, a minha vida é um inferno a arder. Sem ti, ela seria a paz que eu tanto sonhei.
Quando voltares, eu já estarei a milhas. Espero que não me chateies mais.
Teu artista de cinema

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

LIVROS QUE MARCAM

A Diana Santos (9ºB) é uma leitora sôfrega, segundo confessa. O Cata-Letras confirma, até porque não é a primeira vez que recebemos participações suas aqui no blog. Desta vez, a Diana fala-nos de um dos livros que mais a marcou ultimamente e que, usando as suas exactas palavras, nos mostra uma história surpreendente do início até ao fim.
Grimpow, o caminho invisível é o nome do livro, cuja história, segundo o resumo da Diana, se passa na Idade Média, girando em torno de um mítico segredo cobiçado pela Igreja e pela monarquia. O autor, Rafael Abalos leva-nos a um mundo especial, que começa logo quando Grimpow e o seu amigo Dúrlib encontram um cadáver de um cavaleiro na neve…

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

AINDA O CARNAVAL

No rescaldo do Entrudo, o Cata-Letras aproveita para publicar alguns versos elaborados por alunos do 5º ano (turmas C e D) nas aulas de Língua Portuguesa. Todas estas pérolas, completamente imbuídas do espírito inebriado e descarrilado da época carnavalesca, ganharam o nome de Textos Loucos de Carnaval.

A Alexandra Micaela
Come massa da panela!

A Ana Isabel
Ata as primas com um cordel!

A Andreia Filipa
Dá em todos com uma ripa!

O Armindo José
Bate as palmas com o pé!

O Artur Rosa
Compra uma iguana pegajosa!

A Bruna
Deita abaixo uma coluna!

A Catarina
Pesca tubarões numa terrina!

O Daniel
Massaja uma cascavel!

O David Xavier
Rapa o tacho com a colher!

O Eduardo
Mexe a sopa com um dardo!

O Francisco
Corre, corre atrás de um pisco!

A Inês Filipa
Faz esparguete numa pipa!

A Inês Rafaela
Espanta um sentinela!

O Jorge Fernando
Está-se “marimbando!”

A Liliana
Faz salada de barbatana!

O Luís
Toma banho no chafariz!

A Maria de Fátima
Cozinha que é uma lástima!

A Maria
Faz uma grande ventania!

A Rafaela
Come uma rã amarela!

O Sandro Rosa
Vende a sua gata piolhosa!

E é este o 5 ºC
Que fez o que aqui se vê!
Texto colectivo da Turma 5º C, editado por João Miranda – Nº13 – 7º A


O André
Tem uma macaca “choné”!

O André Filipe
Com pinhas, cura a gripe!

A Bruna Alexandra
Grelha caracóis, na salamandra!

O Bruno Filipe
Deixa fugir o seu jipe!

O David
Cozinha salmão com pevide!

O Fábio
Hipnotiza um sábio!

O Fernando
Está-se “armando”!

O Gonçalo
Joga à bola com galo!

A Helena Isabel
Já engoliu um anel!

A Inês
Vai de braço dado com um chinês!

A Inês Santos
Procura um gato pelos cantos!

O Ivo
Numa consola, está cativo!

A Jéssica Inês
Nem vê o que fez!

A Lisandra Sofia
Pesca bacalhau numa pia!

O Luís
Assa patinhas de codorniz!

A Maria Catarina
Enfia um colchão na narina!

A Maria Inês
Dum bolo, até faz três!

O Mauro José
Dorme em cima de um tripé!

O Ricardo
Aperta a pata a um leopardo!

O Sandro Emanuel
Viaja num barco de papel!

O Rúben Silas
Passa a vida nas filas!

A Sílvia Maria
Oferece um canguru à tia!

Sofia Cristina
Esburaca uma angina!

A Susana
Corre pendurada numa cana!

E é este o 5º D
Que fez o que aqui se lê
!

Texto colectivo da Turma 5º D, editado por João Miranda – Nº 13 - 7ºA

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

SUGESTÃO DE LEITURA

Trata-se da obra com que o escritor Ernest Hemingway viria a conseguir o seu Nobel da Literatura. O Velho e o Mar é uma verdadeira obra-prima, onde contactamos com um velho e doente pescador cubano, que se bate de forma heróica para capturar um enorme espadarte. Uma história que já emociona leitores há mais de 50 anos e que o Cata Letras, secundado pelo PNL, recomenda para leitura neste final de mês de Janeiro.

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

JOGOS FLORAIS

Fonte da imagem: Biblioteca Municipal de Alpiarça

O Cata Letras vai procurando associar-se às boas iniciativas que a Escola vai proporcionando aos seus alunos. Desta vez, queremos dar conhecimento de uma actividade do Departamento de Língua Portuguesa, Jogos Florais (2º ciclo), que visa estimular a criatividade da miudagem e que decorrerá de 10 a 14 de Março.

Assim, se gostas de ler, escrever ou desenhar, fala já com o teu professor de Língua Portuguesa, para te inscreveres. Este indicar-te-á todos os passos a seguir e dar-te-á conhecimento do respectivo regulamento.

Quanto a nós, Cata Letras, cá esperaremos pelo resultado da vossa fantasia, prometendo divulgar por aqui o produto final da vossa imaginação.


Bons trabalhos!

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

IMAGINAÇÃO À SOLTA

A Helena Duarte, aluna do 5º D, criou uma história que gira em torno de um tema menos provável (um caderno diário) e com a qual ela deixa uma grande mensagem sobre a organização e o esmero. Ora leiam:

O Plano do Caderno Verde

Era uma vez um menino que tinha um caderno mágico, mas não se apercebia de que o tinha. Um dia, pensou para si próprio e perguntou:
«Por que razão será que tive um sonho tão estranho com o meu caderno?»
De repente, o caderno fala para ele e diz:
- Eu sou o teu caderno; tu não te apercebes que sou mágico…
- Sim, realmente tu és muito brilhante! - exclamou o menino.
- Não! É porque tu me manténs limpo e asseado e eu não sou como o caderno do teu amigo João que está horrorosamente sujo. Nem parece um caderno… mas eu tenho um plano… – sugeriu o caderno.
-Qual? - perguntou o menino. - Então aqui vai…eu distraio o João, tu tiras-lhe o caderno da mochila e passas tudo a limpo…
- Está bem, não há problema…
Assim fizeram e correu tudo muito bem. Quando o João abriu o seu caderno, ficou muito feliz e aprendeu a lição e, finalmente, começou a tratar o seu caderno como ele merecia. E o caderno verde disse:
- Pode ser que agora o João tenha um caderno mágico, também. - Espero bem que sim! - exclamou, contente, o menino.


Helena Duarte - Nº 9 - 5º D

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

AS METAMORFOSES DO LIVRO

A história que se segue foi escrita pela professora Celeste Correia em Outubro do ano passado, aquando da inauguração oficial da nossa biblioteca, e é uma bela forma de apelar à leitura. O Cata Letras agradece a colaboração inestimável da professora Celeste e aproveia para relembrar que todos os leitores do Blog podem enviar as suas participações criativas para o endereço à direita ou, se preferirem, deixá-las ao cuidado da D. Maria José na Biblioteca.
As Metamorfoses do Livro
Nasci numa velha aldeia raiana, sem carros e sem luz eléctrica, onde a calma e o silêncio eram de ouro e o tempo passava, tão devagarinho, que parecia acariciar-nos a vida. Então, o dia era o Sol recheado de Esperança e a Noite o colo mágico dos Sonhos!
Eram tão poucos os que sabiam ler e tão poucos os que iam à escola! Respiravam-se as sabedorias dos antepassados.
Quando eu era pequenina, ainda mal sabia andar, lá, na minha velha aldeia raiana em cujas ruas habitavam saberes muito, muito antigos, todas as noites, podiam sentir-se os apelos que o silêncio da Natureza ditava. Durante repetidos dias e anos, uma voz feita de carícia chegava, afagava os meus ouvidos e falava coisas que eu não entendia. Porém, um dia, de tanto me chamar, já não eram só apelos, pareceu-me ouvir :
- Sabes quem colocou aquela Estrela, lá no alto? Aquela, bem lá no alto? A mais brilhante?
Com o passar do tempo e o crescer da idade, fiquei tão ansiosa que, um dia, já sem paciência, gritei-lhe, irritada:
- Ensinas-me já ou preciso crescer mais? E a carícia, mais que voz, respondeu:
- Agora são outros tempos…já andas na escola!... Começa desde já e um dia brilharás junto dela.
E eu não sabia o que queria dizer começar e continuava cada vez mais intrigada e o mistério sempre a chamar-me. Porém, já crescidinha, quase em desespero, perguntei:
- Foi Deus quem colocou, lá no alto, aquela estrela? E a voz explicou-se melhor e revelou:
- Sim. É um daqueles velhinhos, desta velha aldeia que te contava “histórias à lareira”. Viveu sem livros que ainda os não havia. Era no tempo em que o saber passava de boca em boca. A sua vida foi um livro, tão belo, tão belo! Como o são as vidas dos velhinhos deste velho Portugal que vai desaparecendo!. Livros vivos não podem perder-se. Só mudam de lugar… E moram nas Estrelas!
Comecei a compreender!... Mas viam-se tantas estrelas que não me contive:
-E as outras estrelas? Respondeu-me:
-São todos e cada um daqueles que, de geração em geração, continuaram as “Histórias à Lareira”.
E foi assim durante muitos anos até que o Homem cresceu, cresceu, cresceu. Viveu a idade da pedra, do ferro, do cobre e do bronze…Aprendeu a ler, a fazer barcos, comboios e aviões e naves espaciais e coisas que duram pouco tempo. Passou os Mares e venceu os Oceanos. Aprendeu a ler e a escrever. Inventou o papel e a Imprensa. Registou tudo no papel e fez livros.
Todavia, aquela magia continuava a convidar-me e acrescentou:
-Já não precisas de jogar “à cabra cega”como te ensinei nos “Contos à Lareira”. Tens livros. Trata-os como se fossem estrelas, adivinha-lhe os segredos e brinca com eles. São os amigos certos de todas as horas incertas. Estão sempre à tua espera. Descansa na carícia do seu brilho. Escuta o silêncio da Esperança. Tu, agora, já sabes ler. Já sabes o nome das coisas que estão registadas em livros. Os antigos gravaram os seus feitos nas Estrelas e o homem criou o Livro para imortalizar a Criação e o Universo dos Saberes.
Ainda hoje escuto aquela voz de criança e convido-o, amigo leitor, a ser a criança que lhe apresentei e a deixar-se encantar pela magia do local onde se encontra. (Biblioteca). Imagine que todos estes livros se transformam em Estrelas! …e junte a “Odisseia da sua Vida” a este universo de Estrelas. Comece também a abrir cada uma delas… e cresça… cresça …nesse Espaço sem limite. Um dia partilhará saberes Universais e sentir-se-á responsável pela Ciência e pela Evolução da Humanidade.
A sua Estrela será Eterna. Leia!
(Celeste Correia)