quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

SUGESTÃO DE LEITURA

Trata-se da obra com que o escritor Ernest Hemingway viria a conseguir o seu Nobel da Literatura. O Velho e o Mar é uma verdadeira obra-prima, onde contactamos com um velho e doente pescador cubano, que se bate de forma heróica para capturar um enorme espadarte. Uma história que já emociona leitores há mais de 50 anos e que o Cata Letras, secundado pelo PNL, recomenda para leitura neste final de mês de Janeiro.

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

JOGOS FLORAIS

Fonte da imagem: Biblioteca Municipal de Alpiarça

O Cata Letras vai procurando associar-se às boas iniciativas que a Escola vai proporcionando aos seus alunos. Desta vez, queremos dar conhecimento de uma actividade do Departamento de Língua Portuguesa, Jogos Florais (2º ciclo), que visa estimular a criatividade da miudagem e que decorrerá de 10 a 14 de Março.

Assim, se gostas de ler, escrever ou desenhar, fala já com o teu professor de Língua Portuguesa, para te inscreveres. Este indicar-te-á todos os passos a seguir e dar-te-á conhecimento do respectivo regulamento.

Quanto a nós, Cata Letras, cá esperaremos pelo resultado da vossa fantasia, prometendo divulgar por aqui o produto final da vossa imaginação.


Bons trabalhos!

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

IMAGINAÇÃO À SOLTA

A Helena Duarte, aluna do 5º D, criou uma história que gira em torno de um tema menos provável (um caderno diário) e com a qual ela deixa uma grande mensagem sobre a organização e o esmero. Ora leiam:

O Plano do Caderno Verde

Era uma vez um menino que tinha um caderno mágico, mas não se apercebia de que o tinha. Um dia, pensou para si próprio e perguntou:
«Por que razão será que tive um sonho tão estranho com o meu caderno?»
De repente, o caderno fala para ele e diz:
- Eu sou o teu caderno; tu não te apercebes que sou mágico…
- Sim, realmente tu és muito brilhante! - exclamou o menino.
- Não! É porque tu me manténs limpo e asseado e eu não sou como o caderno do teu amigo João que está horrorosamente sujo. Nem parece um caderno… mas eu tenho um plano… – sugeriu o caderno.
-Qual? - perguntou o menino. - Então aqui vai…eu distraio o João, tu tiras-lhe o caderno da mochila e passas tudo a limpo…
- Está bem, não há problema…
Assim fizeram e correu tudo muito bem. Quando o João abriu o seu caderno, ficou muito feliz e aprendeu a lição e, finalmente, começou a tratar o seu caderno como ele merecia. E o caderno verde disse:
- Pode ser que agora o João tenha um caderno mágico, também. - Espero bem que sim! - exclamou, contente, o menino.


Helena Duarte - Nº 9 - 5º D

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

AS METAMORFOSES DO LIVRO

A história que se segue foi escrita pela professora Celeste Correia em Outubro do ano passado, aquando da inauguração oficial da nossa biblioteca, e é uma bela forma de apelar à leitura. O Cata Letras agradece a colaboração inestimável da professora Celeste e aproveia para relembrar que todos os leitores do Blog podem enviar as suas participações criativas para o endereço à direita ou, se preferirem, deixá-las ao cuidado da D. Maria José na Biblioteca.
As Metamorfoses do Livro
Nasci numa velha aldeia raiana, sem carros e sem luz eléctrica, onde a calma e o silêncio eram de ouro e o tempo passava, tão devagarinho, que parecia acariciar-nos a vida. Então, o dia era o Sol recheado de Esperança e a Noite o colo mágico dos Sonhos!
Eram tão poucos os que sabiam ler e tão poucos os que iam à escola! Respiravam-se as sabedorias dos antepassados.
Quando eu era pequenina, ainda mal sabia andar, lá, na minha velha aldeia raiana em cujas ruas habitavam saberes muito, muito antigos, todas as noites, podiam sentir-se os apelos que o silêncio da Natureza ditava. Durante repetidos dias e anos, uma voz feita de carícia chegava, afagava os meus ouvidos e falava coisas que eu não entendia. Porém, um dia, de tanto me chamar, já não eram só apelos, pareceu-me ouvir :
- Sabes quem colocou aquela Estrela, lá no alto? Aquela, bem lá no alto? A mais brilhante?
Com o passar do tempo e o crescer da idade, fiquei tão ansiosa que, um dia, já sem paciência, gritei-lhe, irritada:
- Ensinas-me já ou preciso crescer mais? E a carícia, mais que voz, respondeu:
- Agora são outros tempos…já andas na escola!... Começa desde já e um dia brilharás junto dela.
E eu não sabia o que queria dizer começar e continuava cada vez mais intrigada e o mistério sempre a chamar-me. Porém, já crescidinha, quase em desespero, perguntei:
- Foi Deus quem colocou, lá no alto, aquela estrela? E a voz explicou-se melhor e revelou:
- Sim. É um daqueles velhinhos, desta velha aldeia que te contava “histórias à lareira”. Viveu sem livros que ainda os não havia. Era no tempo em que o saber passava de boca em boca. A sua vida foi um livro, tão belo, tão belo! Como o são as vidas dos velhinhos deste velho Portugal que vai desaparecendo!. Livros vivos não podem perder-se. Só mudam de lugar… E moram nas Estrelas!
Comecei a compreender!... Mas viam-se tantas estrelas que não me contive:
-E as outras estrelas? Respondeu-me:
-São todos e cada um daqueles que, de geração em geração, continuaram as “Histórias à Lareira”.
E foi assim durante muitos anos até que o Homem cresceu, cresceu, cresceu. Viveu a idade da pedra, do ferro, do cobre e do bronze…Aprendeu a ler, a fazer barcos, comboios e aviões e naves espaciais e coisas que duram pouco tempo. Passou os Mares e venceu os Oceanos. Aprendeu a ler e a escrever. Inventou o papel e a Imprensa. Registou tudo no papel e fez livros.
Todavia, aquela magia continuava a convidar-me e acrescentou:
-Já não precisas de jogar “à cabra cega”como te ensinei nos “Contos à Lareira”. Tens livros. Trata-os como se fossem estrelas, adivinha-lhe os segredos e brinca com eles. São os amigos certos de todas as horas incertas. Estão sempre à tua espera. Descansa na carícia do seu brilho. Escuta o silêncio da Esperança. Tu, agora, já sabes ler. Já sabes o nome das coisas que estão registadas em livros. Os antigos gravaram os seus feitos nas Estrelas e o homem criou o Livro para imortalizar a Criação e o Universo dos Saberes.
Ainda hoje escuto aquela voz de criança e convido-o, amigo leitor, a ser a criança que lhe apresentei e a deixar-se encantar pela magia do local onde se encontra. (Biblioteca). Imagine que todos estes livros se transformam em Estrelas! …e junte a “Odisseia da sua Vida” a este universo de Estrelas. Comece também a abrir cada uma delas… e cresça… cresça …nesse Espaço sem limite. Um dia partilhará saberes Universais e sentir-se-á responsável pela Ciência e pela Evolução da Humanidade.
A sua Estrela será Eterna. Leia!
(Celeste Correia)

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

LIVROS QUE MARCAM

Foi um dos livros mais aguardados dos últimos tempos. Harry Potter e os Talismãs da Morte é o último de uma longa e bem sucedida série de ficção juvenil. A autora, JK Rowling, decidiu pôr fim à história, ainda que tal não seja muito bem aceite pelos seus leitores, como confirma a Flávia Ferreira do 7ºA, que nos falou sobre o desfecho:

"Gostei. No entanto, achei que a autora poderia muito bem ter deixado alguns personagens vivos para que a história continuasse. Nesta história, o Harry é perseguido pelo Voldemort e seus seguidores, tendo que se esconder com o Ron e a Hermionne. Os três assaltam um banco e procuram os Horcruxes, pedaços de alma de uma pessoa que devem ser destruídos."

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

HISTÓRIA DO MÊS (NOVEMBRO/DEZEMBRO)

A nossa biblioteca e o Juvinal (o jornal da escola) estão a promover um passatempo que visa estimular o texto criativo. Falamos da “História do Mês”, onde se pretende que os alunos continuem uma história, a partir de um início que lhes é proposto. Na edição de Novembro/Dezembro da “História do Mês” a participação não foi ainda muito notada, pelo que se apela a uma adesão maior, já em Janeiro/Fevereiro. Os alunos já podem recolher na biblioteca a tira de papel com o início da história que, desta vez, é proposto.

O Cata Letras dá os parabéns aos vencedores da primeira edição, Inês Simões (5ºB) e Daniel Neves (5ºC), e aproveita para publicar uma das histórias premiadas:

Visita ao Novo Planeta

Era uma vez um planeta muito pequenino, castanho e amarelo, que ficava escondido atrás de um outro muito esquisito, onde os homens ainda não tinham chegado.
Nesse planeta existia uma grande quantidade de pedras e também muito ouro e muito cobre.
Como esse planeta nunca tinha sido visitado, um grupo de astronautas, chamados “Marinheiros Galácticos”, decidiu fazer aí uma visita.
Os astronautas prepararam, então, o material necessário para a viagem: o foguetão, os fatos, as botijas de ar e tudo o mais de que precisavam.
Ansiosos por viajar, vestiram logo os seus fatos de astronauta.
No dia seguinte, quando acordaram, lembraram-se de um pormenor: dar um nome apropriado ao planeta.
Pensaram, pensaram até que surgiu um nome que ficou para a História: Sedna, o Planeta Rico.
Chegou, finalmente, o dia da partida e lá se prepararam para entrar no foguetão.
Começaram, nesse instante, a fazer a contagem decrescente a partir de 15. 15…14…13…12…11…10…9…8…7…6…5…4…3…2…1…0…Paaartida!
Arrancaram para o espaço e, passadas algumas horas, receberam uma mensagem perguntando-lhes se estavam todos bem.
Os astronautas responderam que sim, que estavam todos bem e conscientes.
Passaram mais cinco horas e chegaram ao Planeta Sedna.
Ficaram todos impressionados com este planeta rico e pegaram nos sacos para apanhar ouro e cobre.
Passada uma hora e meia, as botijas de ar começaram a ficar vazias e os astronautas tiveram que regressar, de imediato, à base.
Estavam todos já no foguetão e fez-se logo a chamada, arrancando para a Terra.
No dia seguinte, estavam nos jornais, revistas e televisão, fotografias e filmagens que tinham feito durante a visita ao novo planeta.
E com tudo isto, tanto o novo Planeta Sedna como os “Marinheiros Galácticos” se tornaram famosos, para sempre!


Daniel Neves – Nº 8 – 5º C

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

IMAGINAÇÃO À SOLTA

O André Santos, aluno do 7º ano aqui na escola, quis ser o primeiro a escrever no Cata Letras em 2008. Nós fizemos-lhe a vontade e publicamos, desde já, a sua forma sentida e bonita de descrever uma relação muito especial:



Eu Conheço

Eu conheço uma menina,
Há mais de sete anos.
Pouquinho, a pouquinho,
Assim nós ficámos.

Somos muito amigos,
Sou mais do que um irmão…
E como os “putos” dizem,
São coisas do coração!

Somos muito amigos
E assim é que deve ser!
Mas quando nos “chateamos”
É mesmo a valer!

Mas estes casos
Dos nossos corações
Não são de estranhar
Nestas relações!

André Santos - Nº 3 – 7º B