quarta-feira, 16 de abril de 2008

MONSTRUOSIDADES

Um chama-se Casies, o outro Jopesimi. Têm em comum o nome bizarro e a sua…monstruosidade. São ambos criações de alunos da nossa escola, que continuam a revelar uma infinita imaginação:

O Monstro Casies, numa das suas aventuras

Era uma vez um monstro chamado Casies. Vivia no País dos Monstros. Era um monstro muito traquina! Pregava partidas a todos os outros monstros e, depois, punha-se a rir e a dizer que tinha de fazer, outra vez, igual.
Um dia, como já ninguém caía nas suas partidas, decidiu, então, abandonar o mar e ir pregar partidas, em terra.
Como era roxo, azul e rosa, não pôde ir de autocarro e teve de ir a pé. Estava a ficar cansado até que começou a avistar uns prédios altos, ao longe.
Quando lá chegou, pensou: «É agora! Vou recomeçar a fazer partidas!» Mas não via quase ninguém e as poucas pessoas que via não se aproximavam dele.
Até que olhou para trás e viu uma senhora de idade a aproximar-se. Esta senhora usava bengala, tinha óculos escuros e trazia um cão-guia, preso por uma coleira.
Antes que pudesse pensar por que andaria a senhora assim, e numa partida para lhe pregar, o cão começou a ladrar e ela sentiu que estava lá alguém e, então, começou a aproximar-se mais. Casies pensou: «Está com ar aflito e apressado!»
Quando acabou esta sua suposição, sentiu que alguém tinha tocado nos seus tentáculos.
- O senhor tem ar de ser muito forte! É mesmo de uma pessoa assim que eu preciso! – disse a velha.
- Será que é cega? Isso explica os óculos, a bengala e o cão. – disse Casies.
- Venha por aqui! – disse outra vez a velha.
Apoiando-se na bengala, ela levou-o a um quarto dum dos prédios altos. Um pouco longe da porta, já se ouviam gritos e guinchos irritantes. Quando entrou, olhou em frente e viu quatro caminhas muito juntas e quatro bebés.
O sol batia na janela daquele pequeno quarto. Deviam ser umas quatro e meia da tarde e era um dia quente de Verão.
A senhora idosa disse, então, ao monstro Casies:
- Estes são os meus netinhos. Eles são quadrigémeos: duas meninas e dois meninos. A minha filha foi de férias e eu fiquei a tomar conta deles, mas não sou capaz. Estou velha e não vejo. Ainda por cima tenho de ir a casa de uma amiga minha, a Évora.
Casies percebeu que ela queria que ele tomasse conta dos bebés e disse:
- Mas eu…
-Não se preocupe – interrompeu a velha – tenho a certeza de que é boa pessoa e de que da conta do recado. Foi-se embora e ele ficou a tomar conta dos bebés.
Passadas umas horas, exclamou:
- Ai se não fossem os meus tentáculos!
Já estava quase a “rebentar” de segurar tantas coisas quando a senhora de idade chegou e lhe disse:
- Já cá estou! Eu sei… Vamos jantar, porque eu encomendei a comida e também já falei com a minha filha que chega amanhã. Até lá, o senhor vai cá dormir.
E, de manhã, quando acordou, a velha já estava levantada e a filha já tinha chegado. Quando o viu, gritou tanto, tanto que ele fugiu a sete pés.
Decidiu, então, voltar para o seu país e, quando lá chegou, todos os monstros se riam dele, porque os que vão a outro planeta têm azar para toda a vida e o Casies ficou a ouvir os guinchos daqueles bebés para sempre.

Texto de Catarina Santos, nº 7 - 5º C (editado por João Miranda, nº13 – 7º A)


O Monstro Jopesimi


Era uma vez um monstro chamado Jopesimi. Tinha cabeça de hipopótamo, braços de dinossauro, corpo de dragão e pés de leão.
Apesar de ser assim, este monstro era calmo e gostava de brincar com as crianças.
Quando elas o viam, desatavam a fugir, mas os pais, como sabiam que ele não era mau, sossegavam-nas e elas vinham para junto do Jopesimi.
O jogo preferido dele era o futebol mas, com as garras, furava muitas vezes a bola.
Este monstro gostava de vir até à Biblioteca, consultar a Internet, mas as unhas atrapalhavam um bocado no teclado. Por isso, do que ele gostava mesmo era de ler um livro de histórias para aprender a escrever melhor e, depois, até contava essas histórias às crianças.
Também apreciava muito os livros de Ciências para ver as imagens dos animais de que era composto.

João Miranda - Nº 13 – 7º A

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