terça-feira, 28 de outubro de 2008

Publicamos hoje mais um texto, no âmbito do nosso concurso criativo, desta feita enviado pelo João Pereira. É o relato de uma aventura fantástica, cheia de surpresas e de personagens irreais, protagonizada pela corajosa Mafalda.


Viagem a outro mundo


Era uma vez uma rapariga chamada Mafalda que era muito curiosa. Estava no 5º ano de escolaridade e tudo era novidade para ela, as disciplinas, os colegas, os professores, os espaços escolares, etc.
Dia após dia ia-se acostumando a tudo. Como havia uma praia perto da escola, começou a ir lá no fim das aulas.
Certo dia, como estava cansada foi dar um mergulho. E assim começa a história. Quando já estava submersa virou-se, olhou para cima e reparou que estava muito longe da superfície. Então, assustada, nadou com toda a força mas apercebeu-se que quanto mais nadava para a superfície, mais se afastava dela e então tentou inverter o seu rumo.
Nadou cada vez mais para baixo, até que chegou ao fundo. Ainda com uma reserva de ar, nadou para a frente avistando um navio naufragado.
A zona em que se encontrava era baixa e decidiu investigar. Procurou por todo o lado e reparou que não havia lá nada. De repente, lembrou-se que não tinha revistado o porão. Entrou e viu um baú, pensou que seria um tesouro! Abriu-o e viu um símbolo Inca, de repente sentiu-se a ser arrastada para dentro dele. Passados alguns segundos, pensou que ia morrer e então fechou os olhos. Instantes depois abriu-os e reparou que respirava ar puro! Olhou para trás de si e nem acreditou no que vira, mesmo ao pé de si estava uma bolha gigante que lá dentro transportava um grande palácio e escolas em estilo romano.
Mafalda começou a nadar até lá e quando chegou um homem peixe avisou-a que os seres recém-chegados àquele mundo só lá podiam permanecer durante 48 horas, senão ficariam ali presos para todo o sempre, transformando-se numa criatura horrenda como o homem-peixe. Ela ficou horrorizada com o que ouviu, porque não se queria tornar naquele ser. Então continuou até que viu outros homens-peixe a voarem em cima de “Dragonairs” (criaturas aladas azuis e brancas com uma bola mística ao pescoço que serve de G.P.S.).
Na praça ao pé da escola, havia, já desde há muitos anos, uma espada mágica que, quando alguém lhe tocava, lançava uma energia ultra-sobrenatural .
De repente Mafalda ouve um estrondo, toca com toda a força a campainha de alarme. Todos diziam que um tal Wandestarfall tinha voltado para roubar a espada e capturar o príncipe Glastivown (príncipe que reinava naquele mundo). Logo, Wandestarfall arromba os portões e começa a guerra. As suas armas eram machados e espadas, e as de Glastivow eram lanças e bestas.
A batalha começou, Mafalda escondera-se a observar o que se passava! Tinha medo, mas tinha que fazer alguma coisa.
Olhou para os lados e viu um Dragonair pousado. Pensou que estava ali a solução. Montou nele e levantou voo. Como era esperta, apercebeu-se que para o controlar tinha que inclinar o corpo para onde queria ir, então deu a volta e foi combater. Reparou que não tinha armas…olhou ao longe e viu uma besta, então tentou apanhá-la. Não foi fácil até a conseguir apanhar, apareceram muitos guerreiros do mal para a impedir de ganhar a batalha. Com muito esforço, Mafalda alcança a besta desviando-se e eliminando todos os guerreiros de Wandestarfall.
Todos lhe estavam gratos pela vitória e como prova da sua gratidão, deixaram-na tentar tirar a espada mágica da pedra de Excalibur.
Com a alma aberta retirou a espada da pedra e o príncipe Glastivow, como recompensa, mostrou-lhe a porta de saída daquele mundo.
Como a viagem de regresso era atribulada e perigosa, o príncipe ofereceu-lhe a espada. Então Mafalda, cheia de coragem, foi em busca da saída.
Andou e ao longe avistou uma sala. Começou a correr na sua direcção e de rompante a porta fecha-se trancando-a lá dentro. Olhando para todos os lados e sem saber o que fazer, vê uma pedra no meio da sala. Olhou e lembrou-se da espada espetada na pedra e decidiu experimentar fazer o mesmo para ver o que acontecia. Imediatamente a pedra desfaz-se em mil bocadinhos. Retira a espada e rapidamente se apercebe que o chão se divide em dois. Sem ter alternativa, mergulha e nada em direcção ao mar. Quando chega à superfície olha em redor e vê a praia onde mergulhara e com medo que mais alguma coisa lhe acontecesse, nada rapidamente até à costa. Aí reparou que a espada tinha diminuído tanto de tamanho que ficou com o formato de um porta-chaves. Cansada, chega a casa e conta o que lhe tinha sucedido, mas ninguém acreditou na sua história. Restava-lhe como prova da sua aventura a pequena espada que guardou para sempre.

João Carlos Carvalho Pereira, 5º D nº 8

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