quinta-feira, 28 de maio de 2009

O POTE DE OURO DA FEITICEIRA

Bem ao estilo das velhas fábulas que preenchem o nosso imaginário, a história que hoje vos propomos, escrita pelo Gonçalo do 6ºD, leva-nos floresta dentro, até ao território de uma ignóbil feiticeira…


O pote de ouro da feiticeira

Era uma vez uma família muito pobre que vivia perto de uma floresta.
O pai era lenhador e a mãe tratava da casa e dos filhos.
Certo dia, a mãe disse aos filhos:
- Vão à floresta apanhar amoras para o jantar, mas tenham cuidado com a feiticeira que mora junto ao lago. Não se aproximem!
Gonçalo, o mais velho, disse à irmã:
- Não tenhas medo, Inês, a feiticeira não nos vai apanhar. Eu protejo-te!
E lá foram apanhando amoras, distraindo-se no caminho, indo exactamente parar junto da casa da feiticeira que não tardou a apanhá-los, com a ajuda do seu enorme corvo de penas luzidias.
Entretanto, anoiteceu, e os meninos não apareceram em casa.
O pai, forte e corajoso, partiu rumo à floresta, com um seu amigo, caçador.
Bateram à porta da feiticeira e disseram:
- Abre a porta, feiticeira, ou levas um tiro “à maneira”!
A feiticeira abriu logo a porta, perguntando:
- Tiroliro, tiroliro, que é do tiro, que é do tiro?
E o caçador disparou de imediato, atingindo a feiticeira e o seu corvo.
Soltaram, então, os meninos que se vieram abraçar ao pai, a chorar.
Regressaram a casa, felizes, e levaram ainda o pote de ouro que a feiticeira tinha ao pé da mesa da cozinha.
E viveram felizes para sempre!
(Gonçalo Gonçalves – nº 9 – 6º D)

terça-feira, 26 de maio de 2009

ACIDENTE NO LABORATÓRIO

Depois de, na semana passada, termos publicado o conto “As Pedras Mágicas”, chegou a altura de darmos a conhecer uma outra história enviada pelo João Pereira, aluno do 5ºD:

O acidente no laboratório

Era uma vez dois rapazes muito traquinas, não havia ninguém que os conseguisse aturar! Os nossos dois amigos chamam-se Charlye Jhonson e Mark Hutson. Viviam numa zona chamada Brokinfast. Brokinfast era uma cidade grande, com muita população, onde as pessoas andavam sempre muito apressadas e nem davam conta do que se passava em seu redor. Nesta cidade havia uma grande escola com boas instalações, bem apresentada, estava sempre limpa, bem… quase sempre! Os alunos que a frequentavam eram atentos, nem sempre muito interessados, não havia muitas negativas. No entanto, quase todos os dias havia problemas por causa de alguma indisciplina causada por alguns alunos.
Era frequente a troca das ementas do dia, as guerras de comida, acumular o lixo no chão, já para não falar nos problemas que causavam na sala de aula.
Um dia, quando estavam no corredor, Charlye virou-se para o Mark e disse:
- O corredor está vazio… e que tal irmos para o laboratório de Biologia fazer uma experiência?
- Boa ideia…vamos! – disse o Mark.
Assim, sempre de olho no corredor, entraram no laboratório. Este era enorme… tinha muitos armários repletos de químicos e outros produtos. Ao fundo da sala havia uma enorme e valiosa exposição de esqueletos de Dinossauros encontrados numa expedição organizada pela escola. Estes eram tão aterradores que até pareciam reais. Ao darem de caras com os esqueletos, assustaram-se e começaram a correr, até que chocaram com um armário aberto, fazendo cair um frasco com um produto químico esverdeado. Eles, de tão assustados que estavam, saíram da sala e nem se aperceberam que estava a ocorrer uma modificação nos esqueletos.
Nesse mesmo dia, no intervalo, o director anuncia que os esqueletos do laboratório de Biologia estavam vivos.
- Peço a todos que evacuem a escola imediatamente! - disse o director.
Espalhou-se o caos na escola, todos fugiam, menos o Charlye e o Mark porque não tinham ouvido o aviso. Quase na hora do intervalo seguinte, estavam para sair da escola, mas não conseguiram porque a escola tinha sido fechada até que o problema se resolvesse.
Eles ficaram intrigados…
- O que é que se passará? - perguntou o Mark.
- Não sei. – respondeu o Charlye.
Charlye virou-se e disse para o amigo: - Acho que é por causa daquilo…
- AAHHHHHHAAAHHHHHHH!!!!!!!!!!!! – gritaram eles aterrorizados.
Sem olhar para trás, refugiaram-se dentro de um cacifo para não serem detectados pelos dinossauros. Eles estavam de tal forma assustados que transpiravam por todos os poros.
Repentinamente, Mark fica com sede e vai buscar água à mochila dele que estava no seu cacifo. Ao preparar-se para beber a água, uma enorme pata agarra-os com tal força que Mark lança a garrafa. A água ao atingir os esqueletos fê-los voltar ao normal.
Uma estranha transformação ocorreu nos dinossauros, eles começaram a encolher, a encolher, a perder forma, até voltarem a transformar-se em esqueletos para o estudo dos alunos da escola de Brokinfast.
- Espantoso! – disse o Mark. – Como é que isto aconteceu? -Perguntou ele.
Charlye, achando aquilo inacreditável, nem tinha palavras para responder a Mark, ficou simplesmente boquiaberto e de olhos esbugalhados.
De seguida, deixaram-se de conversas e, secretamente, levaram os esqueletos de novo para o laboratório, escondendo-se ao ouvirem pessoas a entrar na escola. Eram agentes de equipas especiais que costumavam lidar com este tipo de situações. Quando entraram e, após revistarem o edifício, viram que estava tudo no normal.
- Estão a brincar connosco? – disseram os agentes.
- Vamos embora equipa, estas pessoas devem pensar que nós não temos mais nada para fazer. – replicaram eles novamente.
Na manhã seguinte, quando os professores chegaram à escola, encontraram-na toda desarrumada, os cacifos no chão, os placards caídos. Enfim parecia que lá tinha passado um furacão!
Depois, como se nada tivesse acontecido, o Charlye e o Mark foram normalmente às aulas e deixaram esta aventura como segredo para se livrarem de um grande castigo.
(João Pereira, 5ºD)

quinta-feira, 21 de maio de 2009

O Fábio Carvalho do 6º D propõe-nos hoje uma história de camelos, enquanto a Rute Ferreira, da mesma turma, nos dá conta da importância do seu diário:

O camelo e os pais

Era uma vez uma família de camelos: um camelo pequeno, o pai e a mãe. Mas, devido à grande seca, era muito difícil os camelos sustentarem o seu filho pequeno e, apesar de tristes, decidiram abandoná-lo.
E foi assim que um rapaz o encontrou: muito magro, quase a cair de fome e de sede, e muito doente.
O rapaz resolveu, então, perguntar ao seu pai se podia tomar conta daquele animal e ele concordou, mas dizendo-lhe que ele tinha de tomar muito bem conta dele.
Entretanto, tratado e bem alimentado, o camelo foi crescendo e o rapaz divertia-se imenso, passeando nele.
Mas um dia, num desses passeios, passaram por dois camelos velhos e o camelo reconheceu os seus pais e exclamou:
- Estes são os meus pais!
E, então, ficaram na dúvida de quem é que deveria ficar com quem. Os camelos velhos com o filho? Ou o filho com os camelos velhos? Ou, então, o camelo novo ficar com o seu dono amigo e tudo ficar na mesma?
Resolveram, então, falar com o pai do rapaz que aceitou que toda a família daqueles camelos ficasse na posse dele, porque, assim, a família junta seria mais feliz, agora que todos se tinham reencontrado!
(Fábio Carvalho – nº 7 – 6º D)


O meu diário

No meu Diário, eu escrevo o que se passa no meu dia-a-dia, as coisas más e as coisas boas. Tudo o que sinto, vai para lá. É só pegar numa caneta e começar a escrever de alegria, ou de desabafo! E quando acabo de escrever, sinto-me sempre muito melhor.
Eu adoro o meu Diário, aquele livrinho mágico que é muito bonito e que faz parte de mim. Nunca o irei deitar fora e até tenho, muito bem guardada, a sua chavinha para que ninguém veja o que está lá escrito.
E sabem? Eu até dei um nome “secreto” ao meu Diário…
(Rute Ferreira nº 20 – 6º D)

terça-feira, 19 de maio de 2009

AS PEDRAS MÁGICAS

O João Pereira do 5ºD (vencedor do concurso criativo do primeiro período) enviou-nos recentemente duas fantásticas histórias, que vêm confirmar a sua infinita imaginação. Hoje publicamos “As Pedras Mágicas” e, brevemente, publicaremos o “Acidente no Laboratório”.



As Pedras Mágicas

Num lindo e solarengo fim de tarde de Verão, uma rapaz chamado Tiago esstava a jogar no computador. Repentinamente, a mãe chama-o para jantar, e ele, de tanta fome que tinha, até se esqueceu de desligar o computador. Nesse dia não voltou a jogar e, só no dia seguinte, após se levantar reparou que o computador continuara ligado, e sendo assim, foi continuar o jogo.
Ao tocar nas teclas do computador parecia que se desmaterializava, sendo transportado para um outro Universo. Quando parecia que tinha voltado ao normal, olhou em redor e, observando, viu um mundo extraordinário à sua frente, havia estradas, árvores, animais, frutos, plantas e edifícios, tudo feito de estrelas. Num edifício mais à frente encontrou um robô que lhe emprestou um veículo para ele viajar pelo Universo e um folheto informativo sobre a sua história. Tiago começou a lê-lo e viu que no dia 2 de Fevereiro de 2010 cairia um meteorito na Terra que libertaria uma grande quantidade de nuvens tóxicas, levando a espécie Humana à extinção.
Tiago foi ao calendário e de seguida disse:
- O dia da catástrofe é amanhã!
Um indivíduo que passou e o ouviu a gritar desesperado disse:
- Sim, isso vai acontecer, mas existe um conjunto de pedras que o podem impedir: a Esmeralda do Caos, a Safira do mais poderoso dragão chamado Rayquaza e o Rubi Milagroso. E continuou: - Estas pedras juntas formam um poder inimaginável que atravessará o meteorito e o destruirá.
- Quem tem essas pedras pode fazê-lo? - perguntou o Tiago.
-Sim, se realmente o quiser fazer. – respondeu o indivíduo.
- E onde é que elas estão? – perguntou de novo o Tiago.
- A Safira tem-na o dragão que está no mais alto pico deste Universo onde ninguém consegue chegar, mas se lhe pedires com delicadeza e cuidado e se lhe explicares o que está para acontecer, ele ta dará. - respondeu o indivíduo.
- E as outras? – perguntou Tiago intrigado.
- As outras estão no subsolo, mas só se conseguires a Safira e cumprires a promessa que farás ao dragão para salvar o teu planeta é que elas cairão à tua frente… - disse o indivíduo.
- Obrigado pelas suas preciosas informações. – disse Tiago.
Assim, guiado pelas informações que lhe tinham sido dadas, foi até à zona onde se encontrava o dragão.
- Rayquaza, por favor, será que me podes emprestar a tua Safira para salvar o meu planeta? Ele corre perigo. O meteorito cairá e a raça Humana morrerá. – disse o Tiago.
- Sim, mas só com uma condição: terás que me devolver a Safira no fim de fazeres o teu trabalho. – disse o dragão.
O Tiago apressou-se a dizer que a devolveria assim que terminasse.
- Toma bem conta dela…- disse Rayquaza. Ao dizer estas palavras deu a Safira a Tiago.
- Obrigado! Fico-te muito grato. – respondeu o Tiago.
No regresso, inesperadamente, vê duas pedras a caírem do céu e diz: - deve ser a Esmeralda e o Rubi!... Repentinamente as três pedras juntam-se, elevaram-se no céu e um estranho fenómeno começa a acontecer… as três pedras formam um raio de água, fogo e electricidade que é lançada na rota do meteorito. Passados alguns segundos, as três pedras separam-se e a Esmeralda e o Rubi voltaram para o subsolo. Tiago tinha conseguio salvar a Terra, mas tinha ainda que cumprir a sua promessa, então apressou-se a devolver a Safira a Rayquaza.
Ao vê-lo este diz: - Obrigado por teres sido fiel. Queres voltar para casa?
- Sim gostaria muito! – respondeu Tiago. E, enquanto dizia estas palavras, desmaterializava-se como tinha acontecido inicialmente. De repente viu que estava novamente no seu quarto.
- Não jogues tanto! – disse a mãe.
- Não te preocupes, também estou cansado de jogar…por hoje! – respondeu Tiago!
(João Pereira, 5ºD)

quinta-feira, 14 de maio de 2009

JOGOS FLORAIS II

Depois do 5º ano, cá estão os premiados do 6º ano, da edição 2008/09 dos Jogos Florais.

6º ANO – 1º PRÉMIO

Amor em Roma

A Sally, que vive em Roma, depois de sair do trabalho, resolveu ir tomar café a um bar, ao ar livre, na Rua de São Luís.
Enquanto tomava café, viu um homem que vinha numa “Vespa”. Ela achou-o lindo e acenou-lhe com a mão.
Para sua surpresa, ele também a deve ter achado linda, pois sorriu e acenou-lhe igualmente e, depois... foi tomar café com ela!
Ele apresentou-se, dizendo-lhe que se chamava Tony e que era informático.
Depois, foi a vez da Sally também se apresentar, dizendo o seu nome e que trabalhava na Segurança Social.
Escusado será dizer que logo se apaixonaram e ficaram os dois muito corados pois, apesar de não parecerem, eram tímidos.
Entretanto, quando olharam para o lado, viram um rapaz e uma rapariga a beijarem-se e, por isso, desviaram o olhar e começaram a observar uma mulher que estava a comer um gelado, ao pé de uma fonte.
Por fim, ganharam coragem de se olharem bem olhos nos olhos e, mais tarde, o Tony levou a Sally a casa.
Nessa noite, sonharam muito um com o outro!
Estavam mesmo apaixonados porque, no dia seguinte, estavam constantemente a distrair-se no trabalho e só faziam asneiras!
À noite, voltaram a encontrar-se no mesmo lugar.
Desta vez conversaram naturalmente e falaram sobre o belo monumento que estavam a admirar e que ficava ali tão perto.
No fim da conversa, de repente, começou a ouvir-se uma música muito alta. Ia haver uma festa e o Tony convidou a Sally para dançar com ele e ela aceitou.
Dançaram até à meia-noite, porque no dia seguinte era sábado e não tinham de ir trabalhar.
Nesse sábado, à noite, foram jantar a um restaurante de luxo e, no fim de pagarem a conta e de terem saído, o Tony pediu namoro à Sally e ela, claro que aceitou, pois estava loucamente apaixonada por ele!
Depois do “sim” ao namoro, beijaram-se e o Tony levou, de novo, a Sally a casa.
E nessa noite a Sally e o Tony tiveram exactamente o mesmo sonho: voltarem a ver-se e a namorar na bonita paisagem de Roma!
(Maria Pedroso – Nº 21 – 6º C)


6º ANO – 2º PRÉMIO

Uma Noite de Verão

Era uma vez, numa noite de Verão, um rapaz chamado Pedro que decidiu sair de casa para ir a um bar, perto de um grande palácio.
Nessa rua, o Pedro avistou uma amiga de longa data que estava num bar, a tomar chá, e que logo lhe acenou para ele ir ter com ela.
Pedro estacionou, então, a sua mota “Vespa” e entrou, de seguida, no bar.
A sua amiga era muito bonita e simpática e chamava-se Joana.
Pedro sentou-se ao pé dela e pediu uma bebida e começaram os dois a falar das suas vidas, pois há uns tempos que não se viam.
Pedro contou à sua amiga que tinha acabado, há pouco tempo, o curso de Ecoturismo e ela contou que tinha acabado, também, o seu curso de veterinária.
Naquela rua, tudo era muito pacato, com música muito calma e, de repente, Pedro pensou: «É um bom sítio para dançar!»
Então, levantou-se, de repente, e convidou Joana para dançar com ele.
Ela aceitou imediatamente e começaram, logo ali, os dois ali a dançar!
Então, as pessoas que por ali estavam, começaram a olhar para eles, e de seguida, já toda a gente os imitava, dançando ao ritmo daquela música calma!
E quando já estavam cansados, decidiram ir para as suas casas, mas prometeram, um ao outro, voltarem a encontrar-se mais vezes.
Parece que o amor estava no ar...
(Marcos Correia – Nº 21 – 6º B)


6º ANO – 3º PRÉMIO

O Bar do Amor

Dentro da cidade de Roma, há uma “mini-cidade” que se chama a “Cidade do Amor”, porque só tem um bar e um hotel muito luxuosos, onde a maior parte dos jovens casais passam muito do seu tempo livre, especialmente à noite.
O Pedro, um rapaz que vai lá com muita frequência, está sempre a tentar meter conversa com as raparigas que já conhece.
Numas dessas noites, o Pedro chegou ao “Bar do Amor” na sua bela “Vespa” azul e, mal chegou, começou logo a acenar com a mão à Ana, e a Ana a ele.
Então, o Pedro saiu de cima da sua “Vespa” e foi pagar um sumo à Ana.
Ele bem tentou chamar, também, o João e a Margarida, mas eles estavam tão entretidos a beijarem-se que ele decidiu não os incomodar mais.
Mas aquela noite era uma noite especial, porque se estava no Dia de São Valentim e, às onze e meia da noite, toda a gente tinha de ter um namorado ou uma namorada, naquele bar.
Entretanto, o Pedro e a Ana descobriram que afinal faziam um belo par e, daí a pouco, já estavam a beijar-se e a começar a namorar!
E assim começou um grande amor!
Passados alguns anos, o Pedro e a Ana, e o João e a Margarida, casaram-se e como eram todos muito amigos, aos fins-de-semana combinavam sempre encontrar-se no “Bar do Amor”, para recordar os belos momentos aí passados.
E mesmo quando já estavam bem mais velhos continuavam sempre a ir lá, porque achavam aquele lugar lindo e inesquecível, para eles.
(Maria Inês Simões – Nº 18 – 6º D)

terça-feira, 12 de maio de 2009

PROPOSTA DE LEITURA

A Diana Santos, aluna do 10º ano da nossa escola, tem sido, ao longo destes quase dois anos de existência do Cata-Letras, uma das mais fiéis colaboradoras. Desta vez, ficamos com uma proposta de leitura que promete momentos “repletos de mistérios e de beleza”. Um livro que, ainda segundo a Diana,” é impossível parar de ler.”

Falamos do Projecto Hades, de Lynn Sholes e Joe Moore, um livro que relata a luta impiedosa entre Cotten, o filho dum anjo caído e perdoado por Deus, e Lúcifer, que pretende construir um computador quântico para destruir o Homem.

Se quiserem partilhar as vossas leituras, façam como a Diana e enviem-nos as vossas propostas para o endereço electrónico do blog (disponível na lateral direita).

sexta-feira, 8 de maio de 2009

JOGOS FLORAIS


O Cata-Letras já recebeu os textos premiados da edição 2008/09 dos Jogos Florais (Língua Portuguesa, 2º ciclo). Hoje publicamos os premiados do 5º ano da prova de texto (a partir de um desenho) e, na próxima semana, daremos a conhecer os textos premiados do 6º ano.


5º ANO – 1º PRÉMIO

Uma tarde fantástica

Era uma vez uma rapariga chamada Rafaela que estava a acampar numa aldeia, ocupando o tempo livre a tocar viola.
De repente, viu passar um rapaz lindíssimo, de olhos azuis e cabelo castanho e ficou tão encantada com a beleza dele que até parou de tocar!
O rapaz olhou para ela e perguntou-lhe o que estava ali a fazer, por aqueles sítios e ela explicou-lhe, exactamente, que estava a fazer um acampamento, com colegas.
Então, ele, como era curioso, perguntou-lhe tudo sobre a vida dela e ela respondeu a todas as suas perguntas.
O rapaz falou também de si e da sua vida e disse-lhe que se chamava Zeca e foi logo a casa, buscar a sua viola para a acompanhar a tocar.
Mas, quando chegou, ela estava adormecida…
Entretanto, como o rapaz era simpático, acordou-a com um beijinho amoroso.
Quando ela deu conta desse beijo, ficou apaixonada por ele e tornaram-se namorados.
Para animar e celebrar este encontro, tocaram melodias de encantar, olhando sempre um para o outro.
Quando já não queriam tocar mais, foram saborear um belo gelado que comeram, sentados na relva.
No fim, foram passear ao pôr-do-sol e assim ficaram felizes e juntos para sempre.
(Gabriela Jorge – Nº 17 – 5º B)


5º ANO – 2º PRÉMIO

A Magia da Música

Era uma vez uma rapariga chamada Joana.
Ela vivia numa casa, com um grande e belo jardim.
A Joana tinha dezoito anos e era muito linda, com os seus cabelos ruivos, muito compridos.
Tinha também um ar bondoso e sensível.
O seu melhor amigo chamava-se Diogo.
Era um rapaz muito bonito e divertido e a Joana tinha uma grande paixão por ele.
Como ele sabia tocar guitarra muito bem, era sempre convidado para imensas festas.
Um dia, a Joana convidou, também, este amigo para ir a sua casa.
O Diogo, como sempre, levou a guitarra, mas ficou surpreendido, porque a Joana também tinha comprado uma e queria exactamente que ele a ensinasse a tocar!
Nessa tarde, pegaram numa manta grande e foram para o jardim, cada um com a sua guitarra.
Afinal, a Joana tinha imenso jeito para tocar, era afinada e aprendeu facilmente! O som era excelente!
Então, a partir daquela tarde, todos os dias iam para ali, tocar e cantar.
E a Joana e o Diogo começaram a namorar um com o outro, graças à música!
Viva a magia da música!
(Mariana Aleixo - Nº 22 – 5º B)


5º ANO – 3º PRÉMIO (ex aequo)

O reencontro

Estava uma tarde quente de Verão e o Rui estava aborrecido, fechado no quarto e já quase a dormir.
Decidiu, então, ir ao parque para reflectir e ver se via gente nova com quem dialogar.
Sentou-se na esplanada e esperou que o tempo passasse.
Entretanto, a Joana, uma rapariga ruiva, tinha acabado de chegar de Lisboa.
Não conhecia aquela terra, mas encontrou o hotel que procurava.
Quando chegou ao quarto, deitou-se na cama e disse:
- Estou estafada, mas também ainda com alguma genica para ir conhecer esta terra!
O primeiro sítio onde quis ir foi ao parque, pois tinha uma vista genial. Era fantástico!
Lá, ainda estava o Rui e, ao vê-la, disse para consigo:
- Eu conheço esta rapariga!
Decidiu, então, ir ter com ela para ver melhor a sua cara.
- Não acredito no que estou a ver! És a Joana, a minha colega da escola primária! - exclamou, espantado, o Rui.
- Rui! Não posso acreditar! És mesmo tu! – exclamou a Joana.
E os dois abraçaram-se com muita força.
Depois, falaram da sua vida e o Rui foi mostrar-lhe o resto da zona onde morava.
O Rui disse-lhe, então, para ela ir buscar a sua viola para irem até um sítio especial.
E, para grande surpresa de Joana, o Rui levou-a para um campo onde tocaram os dois e passaram o resto da tarde, muito felizes!
(Vanessa Lima –Nº 6 – 5º D)


5º ANO – 3º PRÉMIO (ex aequo)


A Vida de uma família

Era uma vez uma família muito feliz que vivia numa pequena casa de madeira, situada no campo.
Os pais tocavam viola, enquanto os seus filhos, o Jorge e a Paula, dançavam ao som da música.
Os anos passaram e o Jorge e a Paula também se interessaram muito por aprender a tocar viola.
Certo dia, um senhor muito rico quis comprar, para cultivo, aquele campo onde eles viviam. Mas, como teve pena deles, deixou livre a parte onde estava a casa.
Os pais ficaram muito sensibilizados e agradecidos com a atitude do senhor mas, como os tractores e as outras máquinas faziam muito barulho, e assim já não haveria sossego, preferiram ir parar outro lugar.
Então, foram procurar um sítio onde houvesse paz, sossego e alegria.
Procuraram por toda a parte, mas não havia por ali sítio nenhum onde pudessem ficar a viver e não tinham outra alternativa senão ir viver para a cidade.
Eles sabiam que lá a vida era muito agitada mas, sendo essa a única solução, fizeram as malas e partiram.
Quando lá chegaram, procuraram um apartamento para alugar e ficaram lá instalados, mas foi difícil adaptarem-se àquela agitação, barulho e confusão, mas a pouco e pouco habituaram-se, embora não gostassem…
Passou o tempo e a família envelheceu, mas sempre a adorar a música.
Certo dia, foram todos passear pela cidade e, quando estavam na beira da rua, para atravessar na passadeira, os pais, como eram já velhinhos e viam e ouviam mal, resolveram atravessar.
Entretanto, não tinham reparado num carro que ia a avançar. Ele travou mesmo a tempo de evitar o pior, mas o susto deles foi tão grande que morreram de ataque cardíaco.
Jorge e Paula ficaram muito tristes mas, infelizmente, estas coisas acontecem na vida…
Então, para se sentirem menos tristes e mais em casa, foram para junto do seu primo David que morava no campo. Lá, todas as tardes, iam tocar viola.
David estava sempre a elogiá-los por tocarem tão bem e, uma vez, até lhes disse que eles podiam formar um dueto.
Eles concordaram e resolveram fazer isso mesmo: formaram o dueto “Os Irmãos da Viola” que veio a fazer grande sucesso.
(João Amaral – Nº 9 - 5º D)

quinta-feira, 7 de maio de 2009

TEXTOS COLECTIVOS

Tal como prometido, aqui ficam mais dois textos enviados pelas turmas do 6º ano. Desta vez, são trabalhos colectivos e, portanto, lotados de imaginação. O primeiro foi escrito por vários alunos do 6º D e o segundo tem a singularidade de ter sido feito por mãe e filha (aluna do 6º C).

Os dez aventureiros

Era uma vez dez amigos muito aventureiros: André, Bruno, David, Fábio, Gonçalo, Ivo, Jéssica, Lisandra, Maria Catarina e Ruben.
Um dia de madrugada, decidiram viajar para uma ilha desconhecida. À chegada, descobriram logo um labirinto com minas. Pouco depois, o André deparou-se com um dragão de duas cabeças; a Jéssica deu um pulo ao ver paus que se enrolavam e transformavam em serpentes e o Gonçalo, cheio de sorte, encontrou um gorila a distribuir chocolates!
O André, corajoso como era, enfrentou o dragão, separando-lhe as cabeças, cada uma para seu lado.
A Jéssica, ao ver as serpentes, tirou a flauta da sua mochila, começou a tocar uma bela melodia e logo as serpentes começaram a dançar a dança do ventre.
Entretanto, a Lisandra e a Maria Catarina juntaram-se às serpentes e era vê-las a dançar, também!
De repente, aparece o Gonçalo com o gorila que, amavelmente, continuava a distribuir chocolates enormes.
Mas o que os nossos aventureiros não sabiam era que os chocolates os iam hipnotizar!
E logo que ficaram quietinhos e a obedecer a tudo o que o gorila lhes mandava fazer, limparam toda a ilha e o labirinto!
Entretanto, o Bruno, o Fábio, o Ivo e o Ruben que, às escondidas, tinham deitado fora os seus chocolates, conseguiram vir em auxílio dos seus amigos e dominar o gorila que levaram com eles, para uma nova aventura, sabe-se lá onde!
(André;Bruno;David;Fábio;Gonçalo;Ivo;Jéssica;Lisandra;Catarina e Ruben -6º D)



Um menino que se tornou príncipe (texto escrito a duas mãos - mãe e filha)

Era uma vez um menino que vivia num palácio rodeado de árvores e de belos jardins com flores. Parecia um paraíso!
Este menino chamava-se Adão e o seu nome foi escolhido pelos seus pais que, entretanto, foram assassinados por ladrões que assaltaram o palácio.
O menino vivia com a única tia que tinha, mas que era muito má e egoísta, para ele.
Ao contrário dela, ele era muito bondoso, amigo das pessoas e gostava de ajudar os pobres e os velhinhos.
Mas, sempre que ela sabia, castigava-o, pois não concordava com ele.
Certo dia, ela foi precisamente encontrá-lo a dar pão e dinheiro a uma velhinha que por ali passava todos os dias, à mesma hora, e ele foi fechado durante dois dias e, por isso, não aparecia e a velhinha ficou muito triste porque não conseguiu matar a fome.
Até que, passado esse tempo, e com a ajuda de um guarda seu amigo, o menino fugiu e foi, à mesma, dar comida à velhinha que lhe perguntou por que razão chorava.
Então ele explicou-lhe que era muito rico, mas que vivia com essa sua tia muito má que não queria que ele ajudasse as pessoas necessitadas.
Foi, então, que um dia aconteceu uma coisa espantosa: uma lágrima do menino caiu nas mãos da velhinha e, de imediato, esta se transformou numa fada boa, ao mesmo tempo que a tia má se transformou numa rã que foi cair no lago do jardim do palácio.
Ao mesmo tempo, o menino recebeu, de novo, o seu título de príncipe, cresceu e veio a casar com a fada boa, sendo felizes para sempre, pois ambos gostavam de ajudar quem precisava.
Quanto à tia, agora rã, apaixonou-se pelo sapo mais feio lá do jardim e já tiveram pelo menos mil e um sapinhos, todos muito feios, mas que os principezinhos, filhos do casal, adoram ver a chapinhar na água do lago!
(Rosa Rodrigues, mãe; Rafaela Rodrigues, filha, 6ºC)

terça-feira, 5 de maio de 2009

DIA DA EUROPA

É já a 9 de Maio que se assinala o Dia da Europa. O Cata-Letras, para não deixar passar em branco tão importante data, aproveita para publicar uma lenda grega sobre o aparecimento do nosso continente.


A Princesa Europa

Europa era uma linda princesa fenícia. Como ainda não chegara à idade de casar, vivia com os pais num magnífico palácio e tinha por hábito dar longos passeios com as amigas nos prados e nos bosques. Certo dia quando apanhava flores junto à foz de um rio foi avistada por Zeus (o deus supremo) que se debruçava lá do Olimpo observando os mortais. Fascinado com tanta formosura, decidiu raptá-la. Para evitar a fúria da sua ciumenta mulher, quis disfarçar-se. Nada mais fácil para quem tem poderes sobrenaturais! Tomou a forma de um touro. Um belo touro castanho com um círculo prateado a enfeitar a testa. Desceu então ao prado e deitou-se aos pés da Europa. Ela ficou encantada por ver ali um animal tão manso, de pelo sedoso e olhar meigo. Primeiro afagou-o, depois sentou-se-lhe no dorso e... o touro disparou de imediato a voar por cima do oceano. A pobre princesa ficou assustadíssima. Mas não tardou a perceber que o raptor só podia ser um deus disfarçado, pois entre as ondas emergiam peixes, tritões e sereias a acenar-lhes. Até Posídon apareceu agitando o seu tridente.


Muito chorosa, Europa implorou que não a abandonasse num lugar ermo. Zeus consolou-a, mostrou-se carinhoso, prometeu levá-la para um sítio lindo que ele conhecia fora da Ásia. Prometeu e cumpriu. Instalaram-se na ilha de Creta e tiveram três filhos que vieram a ser famosos. E o nome da princesa é que ficou famosíssimo!


(Lenda Grega)