sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Autorretrato - Manuel de Sousa

“Jogo de espelhos”



                Sou de facto humano, para aqueles que ainda duvidam e me comparam com algum vulcano star trekiano. A ambição é talvez uma das minhas maiores virtudes, apesar de por vezes funcionar como um catalisador de tragédias e das minhas outras estranhas anomalias ou defeitos, como a teimosia, a simpatia em demasia, a utilização de termos ou classificações complexas (por vezes inadequadas) que acabam por originar confusões, e por fim o desconhecimento da metodologia dos relacionamentos entre adolescentes.
                Quero ser um Alan Turing, um Nicola Tesla ou um Engels do nosso tempo. Quero ser relevante para a enorme comunidade de omnívoros a que pertenço, evitando a fama ou o falatório estelar. Devido ao meu orgulho, outro defeito comum entre a minha geração e ao receio de desapontar aqueles que em mim acreditam e investem sou muitas vezes difícil de convencer, reconhecendo os meus erros ou mudando de opinião apenas quando me apresentam factos sólidos e inabaláveis.
                Pareço um antissocial, de baixa de estatura, que namora com uma biblioteca e quatro hard drives de 2 yotabytes cada, ao mesmo tempo. Esta minha aparência pode dever-se à minha grande arqui-inimiga, a ignorância, essa besta que nos persegue como um parasita que se alimenta da preguiça e de todas as outras formas de inércia voluntária para acumular genica. Por isso, para combater tal aberração eu comprometi-me a tomar doses de conhecimento diariamente, tendo feito vários amigos pelo caminho, como a História, a Física ou a Informática, possivelmente a mais difícil de contentar das três.


Manuel Luís Gouveia Lima Pires de Sousa/10ºB/nº12/2014-2015

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